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Atire a primeira pedra quem não se incomoda com tanto anúncio, com as publicidades digitais (os chamados banners eletrônicos), que invadem os ambientes da internet, especialmente quando acessamos os sites comerciais, os portais de pesquisa e até mesmo os blogs. Essas estratégias e recursos nos fazem uma verdadeira perseguição! Rs
São artifícios inteligentemente arquitetados, utilizando avançadas táticas de persuasão e acionadores de áreas específicas do cérebro, para vender no chamado mercado digital (marketing eletrônico), no contexto do agressivo e-commerce. Claro que esse mercado traz um lado positivo, o da facilidade para o consumidor, que consegue enxergar muitas ofertas simultaneamente e, mais ainda, de produtos que teoricamente atendem ao seu interesse, com base em pesquisas anteriormente realizadas. Mas é aí que mora o perigo!
Essa facilidade visa a ativar o desejo de compra, que leva o consumidor a agir, ou melhor, a comprar por impulso. As consequências são, para muitos e em várias ocasiões, aquisições sem a devida maturação, que depois se mostram desnecessárias e que, para agravar, terminam levando muita gente ao descontrole financeiro.
Como o comércio digital é ainda relativamente novo e muitas pessoas não sabem o que está por trás dessas estratégias de venda, resolvi trazer o assunto aqui, no espírito da educação financeira e do bem viver, divulgando a partir de hoje, numa série de três postagens, esclarecimentos e dicas práticas, de fácil compreensão, extraídas da excelente matéria publicada na revista VOCÊ S/A, de abril de 2018, com o título O CLIQUE DA PERDIÇÃO, “para quem quer evitar ser uma vítima do e-commerce – e das artimanhas do marketing digital”.
Confira, então, a parte I, e fique de olho:
Estratégias do comércio eletrônico
1 – Jogo (ou teoria) da escassez
A loja anuncia desconto por tempo limitado ou poucas peças de um produto. Essa tática é uma das mais poderosas para gerar a sensação de urgência…
2 – Avaliações (prova social)
Consumidores confiam em produtos ou serviços ao saber que outras pessoas os têm. Isso aumenta o desejo de comprar…
3 – Celebridades e influenciadores (“autoridade”)
É comum as pessoas ficarem atraídas por itens associados a imagens de celebridades. No mundo virtual, com influenciadores e youtubers testando produtos o tempo todo, isso é mais determinante.
Base: Revista VOCÊ S/A – abril de 2018.
Dicas para evitar as armadilhas
O produto pode até estar no fim ou o desconto ter hora para acabar, mas outras oportunidades surgirão. As empresas sempre repetem as táticas de venda (novas promoções e descontos são comuns…).
Segundo a Psicologia Social, o ser humano é impulsionado a escolher um item pela quantidade de avaliações. Especialistas recomendam que o cliente não olhe apenas para o número de mensagens ou estrelas, mas analise os comentários.
É preciso entender que os influenciadores digitais, em geral, são pagos para fazer uma campanha. “Talvez eles nem usem aquele produto”. Portanto, use a razão e não tente imitar os hábitos de consumo dos famosos.
Imaginemos uma atriz conhecida que faz uma promoção de um detergente. Pode parecer quase absurdo ver a personagem a dizer o quão bom é o produto quando não tem qualquer ligação com a área, talvez na vida “real” até tenha uma doméstica em casa. No entanto, as pessoas vão sentir-se tentadas a adquirir, mesmo que a situação em si, vista pelo lado racional, seja caricata. Os publicitários são dotados de conhecimentos na área da manipulação fascinantes, cruéis, mas fascinantes.
Isso mesmo, prezada. Você descreveu como as coisas acontecem. Os estrategistas da publicidade utilizam todos os tipos de “armas” para atrair, persuadir e fisgar o grande público, pois o interesse de venda está em primeiro lugar. Por isso a ideia dessa divulgação, para que as pessoas, mais informadas, tenham melhores condições de fazer ponderação e minimizar os riscos de fazer compras indevidas.
Muito grato pelo comentário!
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