Sabidamente, é desgastante lidar com pessoas que costumam apontar erro no outro, sempre na presunção de que estão certas, que têm razão. E como tem gente assim, né?
Há uma provocação (no bom sentido) repetida por aí, até escrita de algumas maneiras diferentes, que de um tempo para cá me despertou e, acredito, muito tem me ajudado: “Você prefere estar com a razão ou viver em paz? “ Dita de outra maneira: “Você prefere estar certo ou ser feliz”?
Na minha idade, com os anos de vida que vou contabilizando e com os aprendizados que tenho procurado acumular, digo, sem titubear, que prefiro estar em paz, sabendo, agora mais do que antes, que o “certo” e o “errado” são muito relativos, que dependem do ponto de vista, dos referenciais e da mentalidade de cada pessoa!
A respeito disso, dou destaque hoje para o instigante artigo de Marcel Camargo, abaixo transcrito, que foi publicado algum tempo atrás no Portal Raízes. Achei o texto bem legal. Mesmo que possa ser visto como uma escrita feita em tom de desabafo, o argumento apresenta uma estratégia que traz sabedoria, pois preconiza um estilo de vida mais leve, com menor margem para o surgimento de conflitos e aborrecimentos e, em essência, para o bem viver!
Um texto enxuto, direto, que vale a leitura. Confira a seguir:
“Aprendi A Não Bater De Frente Com Quem Só Entende O Que Lhe Convém

Uma das coisas mais desagradáveis que ocorrem é sermos mal entendidos, quando o outro deturpa nossas palavras ou nossas atitudes, descontextualizando-as e utilizando-as em proveito próprio, enquanto nos coloca como o vilão da história. A gente acaba até ficando sem saber se nós é que não soubemos nos colocar ou se o outro é que não sabe interpretar um texto.
Infelizmente, quanto mais tentarmos provar o nosso ponto de vista, quanto mais nos explicarmos, pior ficaremos, porque quem não entende da primeira vez raramente compreenderá dali em diante.
Quem se faz de bobo e de vítima jamais será capaz de assumir seus erros, de se responsabilizar por seus atos, de se colocar no lugar de alguém. Tentar fazê-los enxergar além de seu umbigo é inútil.
Na verdade, teremos que sempre ser verdadeiros e claros, com todo mundo, pois, assim, quem nos conhece de fato e gosta de nós não se abalará com as maledicências que alguém tentar espalhar sobre nossa pessoa.
Temos que ter a tranquilidade de que vivemos de acordo com o que somos, sem dissimulações e meias verdades, para que a mentira alheia não nos atinja nunca, tampouco possa ser levada em conta por quem nos é importante.
Eu costumava bater de frente, quando entendiam errado o que eu dizia, quando maldiziam minhas atitudes. Hoje, não perco mais tempo tentando provar nada a ninguém, de jeito nenhum. O meu tempo é por demais precioso e resolvi aproveitá-lo fazendo o que eu gosto, junto com quem me faz bem.
Hoje, tenho a certeza de que muitas pessoas só entenderão aquilo que quiserem e da maneira que melhor lhes convier.
Não importa o que eu diga ou o que eu faça, muitas pessoas somente interpretarão minha vida de acordo com o nível de percepção delas mesmas, para que possam se justificar através dos erros que transferem ao mundo – segundo elas mesmas, elas nunca erram. Não tenho muito tempo livre, portanto, não gastarei mais energia com quem não merece. Vivamos! “
Fonte: https://www.portalraizes.com/so-entende-o-que-lhe-convem/
Saber viver é uma arte. É uma arte que tem muito a ver com nossa inteligência emocional no sentido de não entrar no jogo dos incapazes provocadores, os chamados donos da verdade, que não admitem ser contrariados em suas opiniões. Vê-se por aí quantas amizades são destruídas pela intolerância dos tais donos da verdade, que sabem tudo, menos que são estupidamente despreparados e ignorantes. As figuras mais admiráveis do mundo são os sábios, mercê de sua humildade e simplicidade. Forte abraço.
Concordo plenamente com o amigo. Em face dessa realidade, que queiramos ou não está aí, sigamos o refrão daquela canção brasileira: “é preciso saber viver”. E viva a sabedoria!
Obrigado, Landim. Abraço!
Paz e saúde! O resto a gente vai administrando… 😊
Valeu, amiga!