“Eu escolhi simplificar a vida” – um artigo que nos faz refletir!

Viver de forma mais leve, em equilíbrio, é um estilo de vida desejado por muitos, até apregoado por aí afora, mas que requer atenção e determinação para que seja obtido, praticado, desfrutado, em especial diante da dinâmica de velocidade e de consumo dos tempos atuais.

Para tanto, como contraponto a esse mundo da acumulação e da correria que ai está, sabemos da filosofia do minimalismo, já comentada aqui algum tempo atrás. Agora, deparo com o conceito de simplicidade voluntária, que tem muito a ver com a adoção de práticas de desapego, em relação às coisas e ao desejo, em que se propõe um estilo de vida com menos extravagâncias, exigências e por aí vai.

Assim, seguindo essa linha, para um viver com menor complicação, maior leveza e em harmonia, é requerido que se incorpore uma forma de vida adotando, como pilares principais, a redução do tempo dedicado ao trabalho, da acumulação material (posses) e do nível de consumo.

Convenhamos, adotar essa filosofia de vida, com intensidade e objetivo de resultados mais imediatos, significa deparar e transpor naturais desafios e complexidades, em especial por requerer mudanças de hábitos, revisão de referenciais, até mesmo de relacionamentos familiares e sociais, entre outras frentes que podem ser vislumbradas.

Buscando aqui na internet, encontrei esta primorosa definição sobre simplicidade voluntária (SV):

Uma maneira de viver exteriormente mais simples e interiormente mais rica, um modo de ser no qual nosso eu mais autêntico é posto em contato direto e consciente com a Vida” (Duane Elgin, escritor, palestrante e educador norte-americano).

Aliás, Duane argumenta, em seu livro Simplicidade Voluntária, que a ideia central desse conceito é procurar a felicidade em sentimentos, e não em coisas!

Quando voltamos à expressão minimalismo, percebemos que não existe diferença significativa entre ambos os conceitos, mas pareceu-me que o conceito de simplicidade voluntária tem uma abrangência maior. Ou seja, o minimalismo estaria no contexto da SV.

Até porque, conforme registrado no site significados.com.br,  “A ideia central do estilo de vida minimalista é acumular menos itens para proporcionar mais liberdade, leveza e simplicidade às pessoas.”

Feitas essas considerações, quero repercutir hoje este artigo muito legal, que nos instiga a refletir, publicado no site “Viva mais verde!”. Vale a leitura, a seguir:

“Eu escolhi simplificar a vida!

Pequenas mudanças gradativas do dia a dia podem melhorar a sua vida, a vida de outros ao seu redor e ainda daqueles que às vezes nem conhecemos.

Artigo escrito pela leitora Ana Cristina Salomão Vieira.

Sempre me considerei uma pessoa super dinâmica, cheia de energia e de propósito. O que me propunha a fazer eu fazia acontecer, sem perceber que, na correria do dia a dia, eu ia, na verdade, acumulando estresse.

A vida pede pausa. Não aprendemos na escola a importância do equilíbrio. Nossas escolhas nos molda ao que almejamos viver, e eu custei a entender que sabedoria e saúde não caem do céu. Preferi, por muitas vezes, aprender com meus erros do que com os erros dos outros, o que não é sabedoria.

Muitas pessoas hoje enxergam com clareza que não vivemos só pra nós, mas para o coletivo, para o bem estar de todos. Não estamos sozinhos no mundo e precisamos nos conectar com ele. E como fazemos isso? Não é simples, mas quando começamos a entender que tudo que fazemos ou consumimos pode impactar de forma negativa ou positiva em nós mesmos e nos outros, aí sim chegamos na questão de se conectar para entender como tudo funciona.

Pequenas mudanças gradativas do dia a dia podem melhorar a sua vida, a vida de outros ao seu redor e ainda daqueles que às vezes nem conhecemos. Foi aí que parei pra pensar na vida como uma dádiva, um presente, e isso mudou a forma como notava as coisas. Consegui entender que não precisava ter tudo para ser feliz. Precisava simplificar a vida.

Tenho um bom trabalho, já viajei muito, tenho uma família unida, mas precisava fazer a minha parte para encontrar contentamento e um verdadeiro sentido pra minha vida, sem tantos sacrifícios. Parti do princípio que tinha que tomar uma atitude e correr atrás da qualidade e não da quantidade.

Comecei a estudar e aplicar na vida o que considerei sustentável e duradouro e que me traria a verdadeira satisfação. Foquei na vida que desejo levar e na minha realização pessoal em vez da minha realização financeira. Todos nós queremos um pouco de conforto, viajar e comer bem, mas até que ponto temos que nos sacrificar para tudo isso?

Escolhi reduzir minhas horas de trabalho, começando por não fazer mais horas extras. Recusei uma boa promoção por que sabia que o meu tempo seria sugado até a última gota. Entretanto, sabia que, para isso tudo acontecer, teria que reduzir o meu consumo, tomar decisões conscientes e gastar meu tempo com mais qualidade.

Mais tempo, menos estresse, mais calma, mais saúde, menos correria…

E como fazer tudo isso acontecer? Uma resposta: simplificar a vida. E isso só iria acontecer se eu tivesse a verdadeira motivação… e fui atrás dela.

Li vários artigos sobre Simplicidade Voluntária e como ela impactava na vida das pessoas e no nosso planeta. Com esse conhecimento, comecei a refletir nos meus hábitos de consumo, no tempo que passava com meu filho e como eu poderia influenciar positivamente a vida dele.

Comecei a evitar distrações desnecessárias, como, por exemplo, estar antenada pra tudo que acontece no mundo sem viver a realidade do cotidiano do nosso dia, sem estar verdadeiramente presente.

Segui alguns passos (que sigo até hoje) como um exercício constante para esse real propósito. Identifiquei que precisava mudar muitos conceitos já enraizados que tinha da própria vida e descobri que não podemos ser tudo e ter tudo.

Tive que escolher e optar por uma vida frugal e colher os frutos de me sentir mais próxima de mim mesma, da minha família, da natureza, e principalmente de Deus por desenvolver melhor minha espiritualidade. Benefícios diretos de se simplificar a vida.

Já estou nesse movimento há um ano e sei que ainda estou começando, mas optar por soluções que facilitam meu dia e ter foco e organização em relação às minhas funções como esposa, mãe, administradora e dona de casa, me mostraram que estou no caminho certo.

Hoje posso dizer que me sinto melhor como pessoa e só deixo entrar na minha casa o que de fato vai fazer bem a mim, à minha família e ao planeta.

Seguem aqui alguns passos que me ajudaram a iniciar nessa jornada que, para mim, não tem mais volta:

  • Procurei um propósito: precisava de motivação, de um por quê, algo que me fizesse sentir a real necessidade de mudar o meu estilo de vida.
  • Fiz uma lista de tudo que gostaria de mudar na minha vida: assim, consegui eliminar tudo que não me fazia falta. Pratiquei o desapego de bens, pessoas, pensamentos e de tudo que não me acrescentava nada como pessoa. Aprendi a praticar o desapego.
  • Comecei a meditar: para preparar o meu dia, pratico pensamentos positivos e agradeço em oração por tudo que estou me tornando e que tenho. Consegui me encontrar e ser uma pessoa mais focada, tornando minhas ações consequentes e de resultados positivos.
  • Organizei as coisas e continuo organizando: minha casa, meu tempo, minhas finanças, minhas ideias, meus projetos.
  • Melhorei minha alimentação: passei a viver de forma saudável, a preparar minhas refeições e tirei da minha despensa quase tudo que era industrializado. Um dia consigo zerar o que ainda falta : )
  • Passei a estudar e ler mais: conheci pessoas que pensam da mesma forma e que tem consciência de se praticar a simplicidade voluntária. Aprendi a ser mais seletiva e a dizer não, por saber que atitudes de verdade precisam acontecer para que o resultado venha.
  • Conheci formas novas de me exercitar que me motivam: comecei no Pilates e na caminhada. Precisava aprender a respirar, a estar em contato com a natureza, e esses me dão disposição e disciplina para continuar.

Nem preciso dizer que cada um precisa entender suas reais necessidades e, somente dessa forma, partir para o princípio das mudanças necessárias para uma vida satisfatória e feliz. Mas mesmo um caminho difícil pode ser maravilhoso se você souber que a própria jornada já te fará muito bem.

E qual será a sua jornada para simplificar a vida?

Fonte: https://vivamaisverde.com.br/2020/05/eu-escolhi-simplificar-a-vida/

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Sábado e música: This Masquarade – Arpi Alto – mais uma bela interpretação!

Depois de um bom tempo, volto hoje com Arpi Alto, essa armênia que é cantora, compositora e produtora musical, nos brindando com mais uma performance agradável, seja pela sua bonita e sempre bem colocada voz, seja ainda pela sua evidente influência jazzística, com aproximações também para o gênero bossa nova, que tanto admiramos.

Como registram as informações disponíveis na internet, a mãe de Arpi, alemã, é artista de jazz. Está explicado, de alguma maneira, o seu jeito de cantar e as escolhas musicais que tem feito!

No vídeo, selecionado para hoje, ela interpreta a bonita canção This Masquarade, composta pelo norte-americano Leon Russell.

O videoclipe, gostoso de ver e ouvir, foi publicado no youtube, canal Arpi Alto, em 30 de abril!

A seguir:

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ORA-PRO-NÓBIS – Saiba o que essa planta “mágica” pode fazer pela sua saúde. Incrível (dois vídeos)!!!

Voltando às notícias e abordagens sobre Saúde e Qualidade de Vida, um dos temas de destaque aqui no blog, o foco hoje vai para uma planta, a chamada “ora-pro-nóbis”, considerada um superalimento, verdadeira planta mágica, cujos benefícios têm sido divulgados com intensidade cada vez maior.

Para melhorar, desde logo, a boa notícia, é sabido que a ora-pro-nóbis é uma espécie vegetal facilmente cultivada, com recomendação de uso como alimento, o que pode facilitar ainda mais o seu consumo, naturalmente!

Bem, nos últimos tempos vinha percebendo diversas propagandas, em rádio, televisão, mídias digitais etc., realçando as maravilhas dessa planta. Fiquei com reservas em relação a isso, confesso, pois se tratava de divulgação com finalidade também comercial.

Agora, mais recentemente, recebi vídeo com o Dr. André Wambier, médico cardiologista conhecido (já postei vídeo dele aqui) e que tem divulgado significativos esclarecimentos sobre saúde para o público, dessa feita fazendo importante explanação e enfática recomendação quanto aos benefícios da ora-pro-nóbis. Claro, isso chamou a minha atenção e me fez parar para ouvir, seja pela chancela de um profissional, médico, que tem o nome a zelar, seja ainda por se tratar de produto natural, o que, a princípio, é mais tranquilizador e menos sujeito a efeitos colaterais.

Por coincidência, acessando o ambiente do youtube, percebi que existem outras recomendações de uso/consumo desse produto, feitas anteriormente, incluindo vídeo de um outro médico, o coloproctologista Dr. Fernando Lemos, também bastante informativo e esclarecedor.

Assim, sem maiores delongas, repercuto os dois vídeos, recheados de informações a respeito dessa planta, que podem lhe surpreender e que, como indicado, podem trazer reais benefícios para todos nós, de alguma maneira. Aliás, os comentários do público deixados nos vídeos, no YouTube, com muitos exemplos de validação sobre a eficácia da planta, também merecem ser conferidos.

O primeiro vídeo foi publicado no canal Cardio DF – Cardiologia e saúde cardiológica em Brasília (DF), em 16 de março passado, com duração de 13:44. O segundo, publicado no canal Dr. Fernando Lemos – Planeta Intestino, é de 2021, com duração de 13:19. Confira, vale a pena saber!!!

Links a seguir:

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“Resultados do tempo em nós” – primorosa reflexão (vídeo)!

O passar do tempo, pela vivência que nos propicia experimentar a cada dia da nossa existência, é naturalmente uma grande escola, pelo acumulado de aprendizados. É esperado, portanto, que o tempo nos faça mais preparados, conscientes e em crescente maturidade.

E é sobre esse crescimento pessoal, resultante do correr do tempo, que trago hoje excelente mensagem, em vídeo, do Padre Fábio de Melo, com o título “Resultados do tempo em nós“, publicado no youtube há nove dias (duração de apenas 2:31).

Vale a pena ouvir, pela bela reflexão inspiradora e de evidente sabedoria, que essa breve fala nos transmite.

Aproveite a seguir:

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ESTOICISMO: “a calma no meio do caos” – sabedoria filosófica que merece atenção – vale saber, vale refletir!

Neste feriado alusivo ao Dia do Trabalho, começo as postagens da semana com um convite à boa reflexão, para o que focalizo esse tema anunciado no título, a meu ver de grande importância, pela sua influência, em alguma medida, sobre o comportamento humano, este a ser considerado em sentido literalmente amplo.

Essa linha filosófica, denominada Estoicismo, além de trazer em sua essência sabedoria milenar, pois, conforme inferências, deve ter bebido de fontes como o Budismo e outras religiões antigas, apresenta ideias bem mais próximas do que, de uma forma ou de outra, ouvimos no próprio cotidiano em referência ao comportamento virtuoso, orientado para um estilo de vida com equilíbrio e serenidade, em que seja convenientemente priorizada a importância para o que é da nossa efetiva conta. Isso significa aprender e saber minimizar os impactos que as situações externas, fora do nosso controle, devem merecer.

O Estoicismo, implantado por Zenão de Citio (“Zênon de Cítion, 333 a.C – 263 a.C”), na Grécia, três séculos antes de Cristo, foi uma doutrina surgida sob influência do período helenístico, marcadamente entre os Séculos III e II a.C., sendo eminentemente fundamentada nas leis da natureza e, ao mesmo tempo, servindo de inspiração para uma racionalidade orientada para a razão, a virtude e a ética, estas servindo como pilares para se alcançar uma vida feliz e bem-sucedida, trazendo ainda o princípio de que a alma deveria ser cultivada. Não por acaso, a escola Estoica traz evidente vínculo com a espiritualidade, razão pela qual exerce influência em diversas religiões (a Cristã, por exemplo) …

A propósito, encontrei esse resumo, ao pesquisar sobre o tema em site de buscas, na internet:

Aceitar o destino sem reclamações e tentar fazer o melhor possível. agradecer o que você tem e não ficar se queixando do que você não tem. agir de forma prudente e assumir responsabilidade sobre seus atos viver em harmonia consigo mesmo, com a humanidade e com a natureza.

Entre os antigos, os filósofos Sêneca (5 a.C – 65 d.C) e Epiteto (faleceu na Grécia em 135 d.C) foram dois outros estoicos que ajudaram na difusão dessa linha filosófica. O imperador romano Marco Aurélio (121–180) foi fortemente influenciado por essa filosofia.

Assim, para melhor compreensão a esse respeito, convido-os a ler interessante matéria da BBC (publicada no portal BBC NEWS BRASIL), no final de 2018, com o título “Estoicismo, a filosofia de 2 mil anos cada vez mais usada como receita para sobreviver ao caos“.

No texto, além de encontrar bom apanhado a respeito dessa escola filosófica, da sua origem e das suas ideias principais, também terá visão sobre a suas influências, inclusive na psicoterapia. Ao final, a matéria traz alguns pontos de críticas feitas ao estoicismo. Gostei e recomendo, fortemente, a leitura.

Clique no link a seguir:

https://www.bbc.com/portuguese/geral-46458304

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Sábado e música: Mild Nawin – medley jazzístico: Fly Me To The Moon/Autumn Leaves/Misty/L.O.V.E. & More (vídeo) – SENSACIONAL!!!

Descobri hoje esse vídeo, essa gravação, essa cantora e fiquei bem impressionado. Por se tratar de uma surpresa muito legal, referida performance é a atração que trago hoje neste espaço musical de todos os sábados!

Não conhecia a cantora, de nome artístico Mild Nawin, na verdade Nawinda Sittatikarnvech, que é uma talentosa (e muito atuante) atriz tailandesa, de Bangkok, atualmente com 28 anos.

Em relação a ela, a surpresa positiva foi constatar, além da sua bela voz, do seu charme e de um invejável domínio rítmico, o bom gosto na escolha do repertório e, mais ainda, a maturidade demonstrada nessa interpretação, apesar de se tratar de uma pessoa jovem. De fato, digna de merecidos aplausos!

O vídeo mostra um momento realmente impressionante, por todo o seu conjunto, com uma sequência de quatro grandes sucessos do jazz mundial (Fly Me To The Moon, Autumn Leaves, Misty, L.O.V.E. & More), interpretadas em belíssimo arranjo, que foi valorizado pelo elevado nível dos músicos presentes na gravação.

É para ouvir/ver e se deleitar!

O vídeo está no canal youtube Mild Nawin, tendo sido publicado em 19 de janeiro deste ano.

A seguir:

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“Quando a vida é vivida com amor… ela tem mais graça e cor” – Clovis de Barros Filho (vídeo)!

O amor, esse sentimento que brota sem maiores explicações, tem o poder de transformar e fazer grande diferencial qualitativo na vida de qualquer pessoa. Independentemente de status social, de situação financeira e de outros fatores materiais e racionais, viver com amor nos faz bem, traz alegria interior e plena satisfação. Sem ele, tudo parece menos animador!

Assim, pelo interesse que o tema em foco sempre desperta, trago a percepção do filósofo, professor e aplaudido palestrante Clovis de Barros Filho, em discurso apresentado sob a forma de vídeo, o qual acabo de assistir. E amor, no contexto do presente argumento, tem sentido amplo.

Portanto, trata-se de verdadeiro convite à reflexão sobre o amor e suas facetas, cujo raciocínio puxa algumas comparações e certa analogia com outros tipos de valores e atitudes, como a moral, a generosidade, a fidelidade…

O vídeo é curtinho (duração de apenas 7:11), foi publicado no canal youtube Fatos Psicológicos BR, dois dias atrás.

Confira:

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Comunicação conveniente e não-agressiva: reflexão sobre a sinceridade e a franqueza – a arte de falar a verdade!

Imagem: Para além do agora – WordPress.com

Estes dias, navegando em ambiente de rede social, vi interessante conteúdo “Sobre pessoas francas demais”. A postagem chamou minha atenção por alguns aspectos e, claramente, fui despertado para a importância do tema, que acredito deva passar despercebido para muita gente.

A referida postagem trazia inteligente pensamento de Francisco Cândido Xavier, grande expoente do Espiritismo no Brasil (1910 – 2002). Na sua reconhecida bondade, ele realça a importância de se dizer a verdade sem perder de vista o amor, a empatia, o cuidado com o outro. Observe:

Sobre pessoas “francas demais”:

—Sou adepto da verdade, mas acho que a Verdade não deve ser lançada na cara de ninguém.
Jesus silenciou diante de Pilatos.
Naquelas circunstâncias, adiantaria dizer alguma coisa?!
Graças a Deus, nunca me prevaleci da Verdade para humilhar alguém.
A Verdade que esmaga está destituída de Amor.
Deus não age assim.
A Verdade só deve ser dita quando possa servir de alavanca para reerguer quem se encontra no chão.
Eu fugiria de quem só tivesse verdades para me dizer.
A gente enlouquece.
Deus não nos violenta.
A razão nunca está de um lado só.
As pessoas que se orgulham de ser francas demais, estão escondendo de si mesmas a sua própria realidade.
Vocês me perdoem, mas é o que eu penso.

(Chico Xavier, O Evangelho de Chico Xavier, por Carlos A. Baccelli).

Esse pensamento de Chico Xavier traz significativa ponderação sobre o cuidado que devemos ter ao falar com outras pessoas, que por seu turno me remete à arte da boa comunicação, sobretudo nos relacionamentos interpessoais, de maneira que evitemos incorrer na chamada comunicação agressiva e, com isso, estejamos atentos para a prática de uma forma de comunicação não-violenta, recomendável, edificante.

Dito isso, parece significativo fazer algumas distinções conceituais, para minimizar confusões que naturalmente ocorrem a esse respeito, envolvendo falar a verdade, ser sincero, ser franco. Vou me prender, para nossa reflexão, a quatro conceitos, que são “a verdade”, “a sinceridade”, “a franqueza” e “o sincericídio”. Vamos lá:

Verdade – linhas gerais, conceitualmente falando, a verdade seria estar em conformidade com os fatos ou a realidade. Desonestidade e hipocrisia, por exemplo, seriam o oposto do uso da verdade.

Para começo de argumento, “verdade” aqui é sob o ponto de vista de quem fala, segundo a sua consciência, na sua convicção. Claro que a verdade pode ser relativa, pois, a depender da cultura, dos valores, das crenças, da história de vida etc., a verdade para uma pessoa pode ser diferente e questionável para outra. Entretanto, fiquemos com o ponto de vista de quem fala, com a verdade para ela. Assim, para fins do contexto em foco, a verdade sempre estará presente para quem fala de maneira sincera ou franca, sendo pressuposto básico. Ok?

Sinceridade – é uma característica positiva, certamente valorosa, por princípio. É falar ao outro a verdade, com moderação e cuidado para não ofender. O segredo é usar a inteligência emocional, sendo sincero sem excessos, sem ofensa, evitando julgamentos. Saber se policiar é um aprendizado que vale a pena, sobretudo para evitar antipatias, animosidades e rupturas relacionais. Inexistindo a intenção de magoar o outro, regra geral que deve prevalecer, utilizar o bom senso é fundamental nessa fala. Saber controlar a língua é regra de ouro, e aqui entra o conceito de franqueza!

Franqueza – para fins didáticos e melhor compreensão, diria que é se expressar com alguém de maneira sincera e sem filtros, de forma mais direta, sem rodeios, utilizando notória espontaneidade, que pode também trazer certa dose de ingenuidade. Por isso mesmo, muitas vezes, a fala carregada de franqueza pode contaminar e fazer estragos na relação, especialmente tendo em conta a cultura do nosso país. Buscando a sua origem, a palavra franqueza vem do antigo francês FRANC, derivada do nome do povo germânico chamado Franco, que tem por significados, entre outros, “livre”, “não-servo”, “genuíno”.

Sincericídio – para complementar o raciocínio, trago ainda esse vocábulo, talvez menos conhecido, um neologismo que resulta da junção das palavras sinceridade e suicídio. Significa uma espécie de verdade relativa, em que o indivíduo fala sem pensar, expressar fatos e opiniões sem refletir sobre como aquilo pode afetar o mundo à sua volta. Por princípio, essa forma de “sinceridade” denota intenção de agredir, de ofender. Segundo o dicionário informal, “Sincericídio é a arte de se difamar por excesso de sinceridade.”

Pesquisando ainda mais, encontrei nas minhas buscas a seguinte explicação, que parece bem elucidativa, comparando o sincero e o sincericida: “Uma pessoa sincera sempre pensa antes de falar, ela sempre busca transmitir a verdade de uma maneira positiva, enfatizando o que precisa ser dito sem que isso possa ferir outras pessoas. Já os sincericidas são pessoas egocêntricas, que se sentem donas da razão”.

Espero que essas reflexões tenham trazido maior clareza e até algum aprendizado para você, considerando a natural complexidade envolvendo o tema de hoje, por integrar o rol (infinito) das percepções, sentimentos e reações humanas, em cujo contexto se insere a arte de comunicar bem, requisito valoroso para que a pessoa seja adequadamente compreendida e, melhor ainda, para facilitar o cultivo de relações positivas e duradouras.

Para arrematar, deixo aqui essas palavras de Mário Sergio Cortella, notável filósofo, professor, escritor e palestrante, extraías do seu livro Pensar bem nos faz bem 2 –  Editora Vozes (fonte internet):

É preciso distinguir sinceridade de franqueza. Sinceridade quer dizer que tudo que você disser será verdade. Franqueza é dizer toda ela, o que nem sempre é recomendável

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Sábado e música: Romaria – Renato Teixeira/Paula Fernandes/Almir Sater (ao vivo) – vídeo !!!

Neste espaço musical de todas as semanas, trago mais um canção para nos inspirar, apaziguar, pelo seu notável poder de estimular os nossos melhores pensamentos e sensações!

Os artistas Renato Teixeira, Paula Fernandes e Almir Sater interpretam, ao vivo, em um programa de televisão, a belíssima Romaria, autoria de Renato Teixeira.

A composição, que foi lançada em 1977, no estilo música sertaneja raiz (ou caipira), foi ganhando crescente espaço e passou a se posicionar no rol dos grandes sucessos na nossa MPB. A letra de Romaria faz homenagem a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, ao tempo em que evoca a devoção dos romeiros e a vida dos homens do campo.

Nas palavras do autor: “Minha música é o romeiro cantando sua fé. É o sujeito simples que veste sua melhor roupa, como se fosse para a festa, e quando chega a Aparecida muda até seu olhar, muda tudo. São as pessoas em busca de paz espiritual“.

Aliás, Romaria está sempre presente nas minhas cantorias, pela beleza da sua mensagem, embalada por uma melodia muito agradável, ao que se associa a sua (automática)capacidade de despertar emoções!

O vídeo foi publicado no youtube, canal Te Contei?, em 23/outubro/2022.

A seguir:

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Livro LONGEVIDADE – Comentário no SEXTOU COM LIVROS – Professor Zé Rosa (vídeo)!

Como não poderia ser diferente, compartilho aqui honrosa apreciação sobre o meu livro LONGEVIDADE, e por tabela sobre este modesto autor, publicada hoje do canal youtube ZÉducando, no SEXTOU COM LIVROS, conduzido pelo professor José Rosa Soares Filho, servidor aposentado da Receita Federal do Brasil, que também é blogger e talentoso desenhista, entre outras habilidades que demonstra e variadas frentes de atuação que desempenha.

Além de tudo, essa indicação e destaque abertos no referido espaço literário servem para manter em evidência a realidade do fenômeno da longevidade, trazendo, em consequência, o despertar para que as pessoas, individualmente, dediquem a necessária atenção quanto ao seu projeto de vida, de maneira que o viver mais, a maturidade, o benefício de uma aposentadoria valham realmente a pena e sejam desfrutados com plenitude!

Também, serviu como oportunidade para que eu reiterasse, mais ainda, as minhas convicções positivas sobre essa temática e, sendo mais direto, sobre a etapa bastante promissora que se inicia após os 50.

Por tudo isso, fica a minha gratidão ao dileto Zé Rosa, pela sua iniciativa generosa e tão singular!

Confira a publicação (fonte youtube, canal ZÉducando, 21/abril/2023):

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