Este artigo nos convida a refletir: “A felicidade não é o destino, mas sim, o próprio caminho…

Ah, as ideias e conceitos a respeito de felicidade, ou melhor, de ser realmente feliz, acabam sendo grande desafio para nós humanos, até porque a mente dos indivíduos é muito criativa e de possibilidades mil, capaz de “viajar” sem limites! A depender da forma como a felicidade é compreendida, idealizada e mentalizada, certamente o efeito pode ser contrário, passando a funcionar como fator de anti-felicidade!

Conforme tenho lido, muitos psicólogos e pesquisadores dessa temática dizem que aspirar ser feliz é compreensível, é naturalmente humano; o problema surge quando a pessoa se preocupa fixamente com a felicidade.

Como informado em artigo da Forbes Saúde, “A maioria dos psicólogos lhe dirá que o truque para se sentir mais feliz é FAZENDO! Fazer mais das atividades que te fazem rir e te trazem alegria; é buscar práticas de mindfulness, como meditação, técnicas de respiração, ou qualquer coisa que o ajude a se separar de seus pensamentos e emoções.” (https://forbes.com.br/forbessaude/2022/08/devemos-perseguir-a-felicidade-psicologo-explica-por-que-nao/).

Assim, explorando um pouco mais esse instigante e fundamental tema, recorro hoje a interessante artigo, de quase 10 anos atrás, publicado no portal O SEGREDO, com o título A felicidade não é o destino, mas sim, o próprio caminho…

Como visto, devemos buscar, antes de qualquer outra coisa, a felicidade autêntica, que depende essencialmente do conhecimento e do tratamento que dedicamos a nós mesmos. Como disse o notável escritor Carlos Drummond de Andrade,

Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”

Leia o o artigo – a seguir:

“A felicidade não é o destino, mas sim, o próprio caminho…

Definir felicidade é uma tarefa árdua e que vem sendo objeto de estudo há séculos.

A Biologia, Psicologia, Filosofia e as Religiões tentam, há muito, descrever o que afinal de contas é felicidade, e quais são suas fontes e origens.

Resumidamente, podemos tratar a felicidade como um estado mental ou emocional de bem estar, caracterizado por emoções positivas ou agradáveis. Várias vertentes de pesquisa, incluindo a Psicologia Positiva, buscam estabelecer métodos científicos para a mensuração da felicidade; entretanto, a busca continua, sem que resultados satisfatórios tenham sido encontrados.

A principal dificuldade em desenvolver esta almejada “Ciência da Felicidade” parece ser a grande batalha que é descrever o que causa a felicidade, e a total subjetividade de suas raízes. Algumas pessoas se sentem felizes por determinados motivos, mas estes motivos não se aplicam a todos os grupos de pessoas. Aparentemente, as causas da felicidade são tantas quanto são as naturezas humanas – infinitas e imensuráveis.

Atingir um estado de felicidade se torna, assim, tão complexo quanto o próprio psiquismo humano o é. Felicidade pode ser confundida, por alguns, com dinheiro. Por outros, com beleza. Alguém pode se sentir feliz diante de um belo pôr do sol, enquanto outros a resumem a um prato de comida.

Assim, a felicidade enquanto objeto Uno, passível de ser alcançado por todos, não existe. Absolutamente como tudo na vida, a felicidade também é relativa, e depende de inúmeros fatores – sociais, culturais, econômicos e de sobrevivência.

Em nossa sociedade atual, catacterizada pelo consumo, a felicidade é constantemente associada a adquirir algo que ainda não possuimos: a casa na praia, o mais moderno computador, o brilho no cabelo, a barriga perfeita,, a televisão de tela plana de alta definição. E, sendo projetada para o que existe fora de nós, a felicidade sempre durará muito pouco, pois sempre existirá uma casa maior, mais bonita, em uma praia mais bela. Sempre inventarão um computador mais avançado, uma televisão maior, uma nova moda nos cortes de cabelo ou um padrão de beleza mais idealizado.

O sonho humano de felicidade é, assim, irreal e ideal, moldado pela sensação de conforto e prazer, e tais noções mudam com o passar dos anos e com a fase de desenvolvimento pessoal e amadurecimento psicológico de uma pessoa. Quando perseguimos determinado objetivo e o conquistamos, nos sentimos felizes; mas esta felicidade não corresponde, no entanto, ao sentido profundo e à magnetude dos quais a idéia de felicidade é revestida.

Se você continua na busca pela sua felicidade, procurando a última peça do quebra-cabeça que se encaixará formando a imagem de felicidade e dando sentido à tudo no jogo da vida, reflita: você já passou a maior parte da sua vida fazendo exatamente isso. Você, eu e todos os seres humanos que existem – tirando uns poucos iluminados – passamos a maior parte de nossos anos de existência perseguindo o ideal da felicidade duradoura. Nunca conseguimos entender, entretanto, que essa busca vem sendo nossa maior inimiga, e que quanto mais perseguimos a felicidade, mais nos distanciamos dela.

A felicidade duradoura é uma meta impossível, pelo simples fato de que absolutamente nada na vida é permanente. Assim como as estações do ano se sucedem em um ciclo sem fim, as nossas células se renovam a cada instante.

A vida é sinônimo de mudança, portanto, as coisas nunca permanecerão sem se transformar, e nós sempre estaremos nos adaptando a estas transformações: tudo o que existe nasce, cresce, amadurece, deteriora e morre. Nenhuma emoção ou sentimento é duradouro. Com a felicidade não seria diferente. Ela sempre estará a ir e vir.

Além disso, tudo que chega a seu extremo imediatamente começa a se transformar em seu oposto. É assim com o Sol, que ao atingir seu ápice no céu ao meio-dia, imediatamente passa a diminuir, dando espaço à Lua. Também as águas que se evaporam e sobem aos céus: quando atingem o máximo de condensação das gotículas, elas se tornam pesadas e caem de volta na Terra. Assim é também conosco: depois de nos tornarmos adultos maduros, começamos a envelhecer, e um dia morreremos. O outro lado da felicidade é a tristeza: alcançar a felicidade máxima é, também, começar a caminhar na direção da tristeza.

Não precisamos atingir uma felicidade duradoura. Ela não precisa ser duradoura, maior, permanecer conosco durante toda a eternidade. Precisamos de contentamento, precisamos de satisfação com nossas vidas – o que não implica na noção de perfeição. A vida não precisa ser perfeita para ser boa. Você não precisa ser perfeito para ser bom. Você precisa ser você: sonhar seus sonhos e caminhar na direção dos que deseja transformar em realidade. Pedras vão surgir no caminho e, diante delas, podemos fazer duas coisas: ou nos lamentamos e desistimos de caminhar, achando que porque a pedra está ali o caminho não é bom o suficiente… Ou tiramos a pedra do caminho, mesmo que dê um pouco de trabalho.

Podemos guardá-la em algum lugar e, mais para a frente, nos utilizar dela para fazer fogo, junto com um graveto. Ou para construir um castelo.

O que estou sugerindo é: reconheça a dor. Acolha a dor: ela é inevitável. A frustração é inevitável, mas não devemos evitá-la, e sim abraçá-la, aprender com ela. A frustração faz parte de quem somos, diz sobre nossos sonhos e metas e pode nos ajudar a crescer; basta que a exploremos e ouçamos atentamente o que ela tem a nos dizer.

Isto é contentamento: aceitar a vida como ela é.

Quando aceitamos a vida como ela é, e as coisas como elas são, aceitamos a nós mesmos como somos – com nossas qualidades e defeitos.

Felicidade é isso: é o que é. É amar o que é, e a infelicidade é não amar o que é. Quando aceitamos o que é, não somos felizes por causa de coisas, e sim apesar das coisas.

Descobrimos que a felicidade não é o destino, mas sim o próprio caminho – o ato de caminhar.

Fonte: https://osegredo.com.br/felicidade-nao-e-o-destino-mas-sim-o-proprio-caminho/

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Sobre JCDattoli

Este blog foi idealizado para compartilhar reflexões e discussões (comentários, frases célebres, textos diversos, slides, vídeos, músicas, referências sobre livros, filmes, sites, outros blogs) que contribuam para a realização e o crescimento do ser humano em toda a sua essência e nas dimensões pessoais e profissionais. Almejo que o ser humano se mostre cada vez mais virtuoso, atento e disposto a servir ao próximo em cada momento da sua existência. Atuei profissionalmente por quatro décadas, com bastante intensidade, nas áreas pública e privada. Ocupei de cargos técnicos a postos de chefia e direção. Neste novo momento, pretendo ajudar pessoas a atingir outros patamares na vida – e na profissão. Dedicarei parte do tempo para ações sociais/humanitárias (levar música ao vivo para casas de idosos é uma das frentes de atuação, iniciada em 2007), além de assegurar espaços na agenda para o exercício do autoconhecimento e para a meditação, no caminho da evolução pessoal permanente . Gosto de ler, de aprender coisas novas, de praticar atividades físicas e de cantar-tocar violão. A família e as amizades são preciosas matérias-primas na construção do bem viver. Apesar das incongruências, desencontros e descaminhos humanos, tenho por missão dedicar-me mais e mais às pessoas como contributo para um mundo verdadeiramente melhor!
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5 respostas para Este artigo nos convida a refletir: “A felicidade não é o destino, mas sim, o próprio caminho…

  1. lulaborda disse:

    Para mim, felicidade em sua plenitude, não existe; são apenas, momentos, vividos que deixam saudade e nos abastece para os momentos não tão bons. Concordo que aceitar a vida como ela é, ajuda muito!

    • JCDattoli disse:

      Valeu pelo comentário, Lúcia. Em essência, a sua visão sobre o tema está em sintonia com a lógica da mensagem trazida no artigo hoje transcrito. No geral, também caminho por aí!
      Abraço

  2. Pingback: A felicidade não é o destino, mas sim, o próprio caminho – Love Beyond Life

  3. Gostei muito mesmo deste artigo.
    Somos felizes na caminhada, faz todo o sentido.
    Nunca tinha me atentado para o fato de que tudo que chega em seu grau máximo começa a converter em seu oposto como o sol por exemplo….achei lindo demais!

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