Como sabemos, os valores são referenciais que orientam o nosso comportamento e a nossa tomada de decisão. Avançando mais um pouco, alguns estudiosos asseguram que os valores compõem o núcleo da nossa personalidade. Na verdade, a forma como a pessoa se comporta, age, reage no dia a dia reflete os seus valores.
Também é sabido que os valores mais importantes para o indivíduo podem sofrer variação (ajuste) com o passar do tempo. Assim é que, de forma geral, é esperado que a escala de prioridade dos valores vá sofrendo ajustes ao longo da vida, no todo ou em parte, com maior ou menor intensidade.
Como disse o genial Brian Tracy, em seu premiado livro METAS: COMO CONQUISTAR TUDO O QUE VOCÊ DESEJA – MAIS RÁPIDO DO QUE JAMAIS IMAGINOU, Editora Best Seller, que destaquei em postagem logo no início do blog, em agosto de 2014, “Seus valores determinam suas crenças a respeito de si mesmo e do mundo que o cerca. Se você tem valores positivos, tais como amor, compaixão e generosidade, acreditará que as pessoas em seu mundo são dignas desses valores e haverá de tratá-las de acordo com isso. “
Agora, será que os seus valores estão lhe ajudando efetivamente?
Com base nessa reflexão, encontrei artigo que gostei muito, com o título “Você tem uma escala de valores adequada?”, publicado dia 13 último no site A Mente É Maravilhosa.
Na linha do aprimoramento pessoal, que passa necessariamente pelo ‘autoconhecimento’, atentar para a questão dos valores individuais é inescapável. Por conta disso, reproduzo o mencionado artigo, a seguir, cujo conteúdo nos oferece interessante perspectiva a respeito da hierarquia dos valores. Vale a leitura!
“Você tem uma escala de valores adequada?
A escala de valores ou prioridades constitui o guia que todos nós construímos. Este tipo de manual tem o poder de facilitar as nossas vidas, mas também de complicá-la caso seja fonte de inúmeras preocupações ou dissonâncias.

A escala de valores é aquela classificação que fazemos a um nível mental e que nos ajuda a tomar decisões. Nem todas as escalas de valores precisam coincidir, e dependendo da nossa personalidade, nossa idade, até mesmo do nosso sexo, é provável que tenhamos uma ou outra escala de valores. Por outro lado, essa escala está mudando e a ordem é sensível às circunstâncias.
Não existem escalas de valores corretas ou incorretas, mas existem as disfuncionais. Quando nossa escala de valores não é adequada, é normal sofrermos com situações, pessoas ou acontecimentos na vida que, a princípio, não deveriam nos prejudicar tanto.
Se dermos muita importância a conteúdos vitais tão superficiais quanto o físico, a profissão ou ter ou não um companheiro, é muito provável que acabemos nos obcecando em alcançar objetivos relativos a esses valores.
Embora o desejo seja legítimo e nos estimule a viver e avançar nos caminhos que nos interessam, também é importante diferenciar desejos de necessidades. Portanto, seria aconselhável evitar a construção de uma escala de valores que nos condene ao sofrimento e à frustração constante.
Por que existem escalas de valores prejudiciais?
Acontece com todos nós, de uma forma ou de outra: nossa escala de valores nem sempre é a escala perfeita, e isso é normal. Existem pessoas que valorizam mais ser magras do que boas amigas, bons pais ou filhos, por exemplo.
Vivemos em uma sociedade e uma cultura, principalmente ocidental, que já nos predispõem a uma escala de valores desajustada.
Se eu sou um adolescente de 16 anos e vejo continuamente que a sociedade é governada por padrões de beleza – uma regra de medição que, em grande parte, determina a avaliação dos outros -, não será incomum que eu me concentre em adaptar meu físico a esse padrão. Além disso, também é provável que o considere um objetivo principal, sofrendo nas ocasiões em que aparecem obstáculos difíceis de superar para alcançá-lo.
Além disso, se internalizei que as minhas notas me tornam mais digno do amor e da consideração dos outros, é provável que faça o possível para melhorar ainda mais os meus resultados. Assim, a aprendizagem seria relegada a um segundo plano, priorizando a avaliação.
A questão é que as ideias sociais sobre as diferentes partes do ser humano são altamente tendenciosas. Não só associam possuir certos traços, como ser bonito ou inteligente, a ser uma pessoa boa, mas, como se não bastasse, também os associam à felicidade.
Quem não ouviu a frase: “Seu tempo vai passar“, “Vai ficar para titia(a)”? Essas frases, por exemplo, valorizam o fato de ter um companheiro, filhos e família. Esses aspectos têm valor, mas não podemos colocá-los no topo da nossa escala, pois podemos não considerá-los assim e isso não seria um obstáculo para sermos pessoas que valem a pena.
Se acreditarmos nessas coisas, sofreremos muito se no final “ficarmos para titia(a) ” porque diremos a nós mesmos que somos fracassados ou que somos pessoas de segunda categoria, quando isso não tem nenhum valor real.
Qual seria a escala de valor ideal?
Não existe uma escala de valores ideal, mas seria muito conveniente revisar a nossa e identificar em quais áreas das nossas vidas mais sofremos. Provavelmente, se você estiver preso em uma área, não vai fluir nas outras e sofrerá por causa disso. Você pensará demais ou investirá uma boa parte da sua energia nisso.
Não seria ruim se você começasse a perceber com seus próprios olhos a realidade: aquilo a que você dá tanto valor, na verdade, não existe. Ou, pelo menos, não tanto.
É preciso ter em mente que o que torna quase todos os seres humanos realmente felizes é, antes de mais nada, ser uma boa pessoa, com nós mesmos e com os outros. Se isso for cumprido, podemos nos desviar do resto, de modo que se tornem metas ou objetivos desejáveis, mas não essenciais.
Comportar-se bem com os outros, ajudá-los, apoiá-los é um valor que qualquer ser humano pode assumir. É um valor praticamente inato que vem de dentro. Quando esse valor não é desenvolvido, a pessoa dificilmente fica feliz, mesmo que as demais áreas sejam cultivadas.
Você pode ter muito dinheiro, uma casa espetacular, muito sexo e uma profissão socialmente admirável, enquanto seu círculo de apoio é muito pequeno. Então, para que você quer tudo que você tem?
Embora às vezes possamos pensar, por ser isso que a sociedade nos vendeu, que a ordem é ‘primeiro o superficial para obter o amor dos outros e o meu’, a realidade é que é exatamente o contrário. Em primeiro lugar, eu teria que cultivar a aceitação de mim mesmo, apenas ser eu e amar os outros pelo que eles são. Depois de desenvolver esse valor, certamente vou alcançar os outros. O bom é que não serão mais necessidades, mas desejos genuínos.
Segurança, amizade e amor atraem outros valores e, por extensão, também nos tornam mais atraentes. Além disso, a melhor coisa a respeito não é o que conseguimos, mas a forma como apreciamos o que conseguimos.
Bibliografia – Santandreu, R. (2011). El arte de no amargarse la vida. Ediciones Griajlbo. “
Ver publicação original: https://amenteemaravilhosa.com.br/escala-de-valores-adequada/
que bacana.
Grato pelo feedback. Fico feliz que tenha gostado do post e do blog!!!
No Cuidado com seus Valores, temos um belo tema, que nos leva obrigatoriamente a boas reflexões, pelo quanto são tão importantes e úteis, quanto podem ser nocivos os valores que tomamos como norte em nossa vida. Pessoalmente, gosto muito de dar um balanço no .meu conceito pessoal de valores, para ver se estou na direção certa ou errada. No meu olhar para dentro de mim mesmo é como alcanço tal objetivo. E aí entra o “Cuidado com.seus Valores”, que nos leva a buscar aqueles que dignificam objetivamente o ser humano, separando-se os que não fazem bem nem a si, nem .à coletividade, daqueles que são construtivos, beneficiando a todos indistintamente. São estes os valores que procuro cultuar e dividi-los com todos quantos me seja possível. Parabéns, amigo, por mais essa preciosidade, fruto de sua louvável garimpagem cultural. garimpagem.cultural.
Muito grato por mais esse comentário, estimado Landim. Quem lhe conhece, como é o meu caso, sabe que você cultiva valores realmente dignificantes.
Abraço, amigo!
Deixe a vida te levar. Procure flutuar a favor da correnteza e próximo às margens . Observe o comportamento da água e pule fora antes do enrosco
Grato por comentar, caro Osvaldo. A vantagem de saber priorizar os valores pessoais é que, pela sua importância para o comportamento, e escolhas individuais, contribui para evitar uma correnteza desfavorável.
Grande abraço!