Na linha do bem viver, e fazendo votos para que possamos retomar, daqui a pouco, as viagens adiadas em razão da pandemia, repercuto hoje dicas bem interessantes para você levar em conta nas suas próximas programações de “ganhar o mundo”, notadamente em se tratando de viagens internacionais.
Trata-se de matéria do conhecido especialista Ricardo Freire, publicada no blog “viajenaviagem“, trazendo conselhos bastante úteis sobre o que fazer (e não fazer) no primeiro e no último dias da viagem.
Gostei do conteúdo e recomendo. Vale termos essas observações em mente, até porque: quem nunca passou algum estresse com perda, ou quase perda, de voo? Com conexões que descasaram? Com tempo curto para devolver o carro alugado e conseguir pegar o voo? Com atrasos na chegada da viagem que comprometeram programas já acertados e até comprados antecipadamente? …
Confira a seguir:
“O primeiro e o último dia da viagem: não conte com eles
Eu já toquei nesse assunto algumas vezes. Sobretudo quando falo de viagens picadinhas — porque a gente tem a mania de se iludir com distâncias e horas de vôo, achando que um lugar está a “só duas horas” de outro. Quando a gente acha que um lugar está “a duas horas” de outro é porque são duas horas só de vôo, ou duas horas só de estrada — sem contar todos os trâmites entre a saída de um hotel, a saída da cidade, a chegada em outra cidade e a chegada ao outro hotel. E nessas, perde-se pelo menos meio dia — e muito mais energia do que se imagina.
Ainda mais delicada é a situação do dia de chegada e, sobretudo, do dia da saída de uma viagem internacional. É mais feliz quem não arranja motivo pra se estressar nesses dois dias.

Coisas para não fazer no primeiro dia da viagem
- Depois de uma viagem noturna internacional, não emende uma viagem longa de carro. É dar sopa pro azar.
- Não marque jantar ou show caros. Pode bater um cansaço e dar vontade de desistir.
- Ticar lerês. Se você tiver uma lista de obrigações para cumprir imediatamente após desembarcar, é porque você programou dias de menos nesta escala.
- Marcar conexões no mesmo dia com vôos ou trens que não estejam vinculados à passagem transatlântica. Mesmo que tudo dê certo, o stress não compensa.

Coisas para não fazer no último dia de viagem
- Viajar de carro até a cidade onde você vai pegar o vôo de volta. Há tantas coisas fora do nosso controle — engarrafamentos, problemas mecânicos, desatualização de GPS, errinhos bobos — que quaisquer 200 km podem trazer uma enorme dor de cabeça. De novo: mesmo que tudo dê certo, ninguém merece se estressar tanto no último dia de viagem. Melhor vir na véspera e pernoitar na cidade de onde parte o seu vôo.
- Ticar lerês. É melhor fazer as últimas compras do que fazer os últimos museus.
- Marcar conexões com no mesmo dia com vôos ou trens que não estejam vinculados à passagem transatlântica. Na volta, combinar low-cost ou trem com o seu vôo de volta ao Brasil é ainda mais perigoso do que na ida — porque perder o vôo de volta sai muitíssimo mais caro e há muito menos opções de jeitinhos e gambiarras. Só faça isso se os vôos tiverem vínculo — aí, em caso de atraso, você pelo menos tem direito a assistência/remarcação pela cia. aérea.
O que fazer no primeiro e no último dia da viagem internacional
Pense no dia da chegada e no dia da partida como câmaras de descompressão. Simplifique. Desencane. Deixe acontecer.
Na chegada, comemore o fato de ter chegado bem. Ou vingue-se dos perrengues do vôo de ida (essa hipótese é mais provável). Estique as pernas. Saia sem câmera, fotografe só com o celular (esse é o dia em que você está mais suscetível a mãos-leves). Tenha na manga lugares para comer que não exijam reserva (assim você só vai se der vontade). Nesse dia, mais importante que o melhor jantar é o melhor sorvete. Deixe o destino surpreender você. No dia da chegada, tudo o que vier é lucro.
Na partida, desacelere. Arranje tempo para parar e lembrar das melhores coisas da viagem enquanto você ainda está viajando. Não vai bater tristeza, não — é mais provável que sorva os últimos momentos com mais intensidade, que tudo pareça mais colorido. Faça só o que você mais gosta. Sem perrengues. Sem stress. (O melhor mesmo é começar isso umas 48 horas antes, mas daí, eu sei, já é sugerir demais.)
Leve um livro de casa. O livro que você mais esteja a fim de ler no momento. Chegue cedo ao aeroporto. Faça o check-in e comece do primeiro capítulo. Boa viagem. “
Ver a publicação original (fonte): https://www.viajenaviagem.com/2010/10/o-primeiro-e-o-ultimo-dia-da-viagem-internacional-nao-conte-com-eles/?utm_medium=10todaybr.20210413&utm_source=email&utm_content=article&utm_campaign=10today
Belas dicas!
Nas primeiras viagens cometemos erros que só com o tempo a gente aprende. Que bela ideia compartilhar essas ótimas dicas!
Isso mesmo, Pedro. Dicas como essas nos fazem diminuir estresse e vexames nas viagens, que por vezes cometemos. Não é recomendável ir “com muita sede ao pote”! rsrs