Nesta sexta-feira, focalizo outro tema que julgo do maior interesse: a crise existencial!
Nas minhas atuações profissionais, além de contatos com pessoas conhecidas, percebo claramente que muita gente está por aí se sentindo perdida, sem saber o que realmente quer e para aonde ir, com demonstração de tristeza, de desesperança e no caminho dos adoecimentos.
Por diversas vezes escrevi e postei aqui sobre a necessidade de dedicação ao autoconhecimento e, particularmente, sobre a importância de se ter uma missão de vida, de viver por um propósito que oriente o plano de futuro da pessoa, as suas ações, até mesmo por ser fator fundamental para a automotivação e a resiliência, conforme asseguram inúmeros pesquisadores dessa variável psicológica elementar dos humanos.
Hoje, para engrossar os argumentos acerca do tema, destaco artigo do site A Mente É Maravilhosa, focalizando aspectos que levam ao vazio existencial, à perda de sentido na vida e, ao mesmo tempo, algumas variáveis que contribuem para a superação desse preocupante sentimento pessoal.
Trata-se de reflexão sempre bem-vinda. Confira a seguir:
“O que devo fazer se sinto que a minha vida não tem sentido?
O sentido da vida se refere ao significado que cada um dá às suas experiências, propósitos e objetivos. Varia de acordo com cada pessoa, porque cada indivíduo precisa encontrar seu próprio significado na vida, fazendo uma viagem ao seu interior.

Minha vida não tem sentido. Sinto como se estivesse à deriva, sem rumo. Não sei o que quero, nada me motiva o suficiente e não consigo encontrar o meu caminho na vida”. É muito possível que nos sintamos identificados com essas palavras, pois todos nós já nos sentimos assim em algum momento. As crises existenciais são inevitáveis em certas fases da vida.
Geralmente, as crises existenciais nascem diante de certas situações dolorosas, como um término de relacionamento, a morte de um ente querido, uma decepção, uma perda de emprego…
Em resumo, todas as situações que geram dor e desesperança poderiam precipitar uma crise existencial. Embora seja verdade que, para algumas pessoas, estas são crises temporárias, para outras, não encontrar sentido na vida tem um impacto maior.
A questão pode assumir a magnitude de uma crise existencial que nos faz sentir muito perdidos. Duvidamos de quem somos, olhamos para o futuro com a insegurança despertada pelo sentimento de indefinição. “Me sinto tão perdido, que sinto que minha vida não tem sentido, que não consigo encontrar uma saída”.
Qual é o sentido da vida?
O sentido da vida é um tema que já foi objeto de inúmeras reflexões e debates ao longo da história. Muitos profissionais (escritores, cientistas, filósofos…) têm tentado dar uma resposta para essa grande questão, embora ninguém tenha conseguido adotar a sua como universal.
O sentido da vida se refere ao significado que cada um dá às suas experiências, aos propósitos e metas que tem em mente. Varia de acordo com cada pessoa, pois cada indivíduo precisa encontrar seu próprio significado na vida, fazendo uma viagem ao seu interior.
O psiquiatra e escritor Viktor Frankl, em sua obra O homem em busca de sentido, sustenta a ideia de que a vida tem sentido em qualquer circunstância, porque em situações de sofrimento e adversidade, se uma pessoa for capaz de dar sentido à adversidade, poderá transformar a sua tragédia em uma conquista, em forma de superação.
Portanto, para Frankl, o sentido da vida para cada pessoa está por aí, esperando para ser encontrado.
Cada um de nós escreve sua própria história; decidimos como nos sentir diante de certas situações e moldamos a nossa existência dia após dia.
Minha vida não tem sentido, a tristeza me invade
Nos momentos em que parece que a vida não tem sentido, você provavelmente vai experimentar certas emoções associadas a esse estado. É importante prestar atenção aos sinais de alerta, pois são sintomas de que algo não vai bem e é muito possível que a ajuda de um profissional seja necessária. Podemos sentir:
- Sentimento de tristeza. Sentimos apatia, a tristeza nos invade sem sabermos decifrar exatamente o motivo. Além do mais, algumas pessoas pensam que não têm motivos para se sentirem assim, pois têm um bom emprego, família, amigos… e ainda assim sentem uma tristeza que não sabem explicar.
- Não sei quem eu sou. Há um desconhecimento sobre si mesmo: “Minha vida não tem sentido e me sinto perdido, sem saber quem sou ou o que quero”.
- Anedonia. Você perde o interesse por atividades que apreciava antes. Você não aproveita as coisas, nada é gratificante para você. Portanto, nasce um sentimento de desinteresse diante de toda ação.
- Isolamento social. A tristeza, a falta de interesse e a frustração diante da insatisfação de sua vida levam a um maior isolamento social, pois você não tem vontade de se relacionar com os outros.
Diante de uma crise existencial, faça uma viagem ao seu interior
Tire um tempo para olhar para dentro de si mesmo, faça uma viagem ao seu interior. É possível que nessa viagem você precise se fazer algumas perguntas sobre você mesmo: preciso fazer mudanças na minha vida? O que sinto, o que penso, o que quero? Eu me dou a prioridade de que preciso? Sou realmente quem eu quero ser?
Buscar respostas para essas questões pode nos guiar no caminho do autoconhecimento, porque, por trás de uma perda de sentido na vida, pode haver um baixo autoconhecimento de quem somos e do que queremos. Assim, é provável que, para encontrar sentido, seja necessário nos conectarmos a nós mesmos e nos dar o valor e o tempo de que precisamos.
Vamos pensar: nossa vida pode realmente ter sentido e significado se não soubermos quem somos? O vazio existencial (perda do sentido da vida) implica a perda do contato consigo mesmo, como se aos poucos você estivesse se desconectando de si mesmo e passasse a ser um espectador da sua vida.
O que acontece é que, enquanto você permaneceu focado em um objetivo ou em uma pessoa, não prestou atenção ao que estava acontecendo dentro de você. Portanto, antes de dizer “minha vida não tem sentido”, olhe para dentro de si mesmo, conecte-se com o seu interior, com o seu próprio ser.
“O homem se realiza na mesma medida em que se compromete a cumprir o sentido da sua vida”.
-Viktor Frankl-
Confira a publicação original em: https://amenteemaravilhosa.com.br/minha-vida-nao-tem-sentido/
Ontem eu estava comentando sobre esse tema com minha neta, professora da Faculdade de Enfermagem. Em todas as partes do mundo, independente de faixa etária, as pessoas estão atravessando crises existenciais sem precedentes. O auto conhecimento é um remédio para essa nova forma de questionamento. Matéria oportuna.
Sem dúvida, querida Sandra, um assunto por demais oportuno, mormente em face da situação de frustrações e instabilidade acentuada pela atual pandemia.
Grato!