
Existem expressões populares bastante utilizadas aqui no Brasil, muitas dos quais curiosas e até engraçadas. Isso tem a ver, ao mesmo tempo, com educação, com cultura e, mais precisamente, com o uso coloquial da própria Língua Portuguesa.
Partindo do pressuposto de que é sempre recomendável entendermos o que motivou o surgimento dessas expressões, ou seja, contexto/significado, até para evitar que possamos dar sentido equivocado em nossa comunicação, vou repercutir interessante postagem que vi no Instagram, na conta da professora Mariana Leite, com o título “10 expressões engraçadas da nossa língua e seus significados”.
Da interessante postagem, como amostra, selecionei cinco dessas expressões a meu ver muito usuais, cujas explicações, bem elaboradas, transcrevo a seguir. As demais, claro, você pode conferir conforme o seu interesse (acesso pelo link abaixo informado).
Seja para ficar sabendo, seja para relembrar, vale a leitura:
Santo do Pau Oco
Durante o século XVII, as esculturas de santos que vinham de Portugal eram feitas de madeira. A expressão surgiu porque muitas delas chegavam ao Brasil recheadas de dinheiro falso. No ciclo do ouro, os contrabandistas costumavam enganar a fiscalização recheando os santos ocos com ouro em pó. No auge da mineração, os impostos cobrados pelo rei de Portugal eram muito elevados. Para escapar, do tributo, os donos de minas e os grandes senhores de terras da colônia colocavam parte de suas riquezas no interior de imagens ocas de santos. Algumas, normalmente as maiores, eram enviadas a parentes de outras províncias e até de Portugal como se fossem presentes.
Para inglês ver
Em 1830, pressionado pela Inglaterra, o Brasil começou a aprovar leis contra o tráfico de escravos. Mas todos sabiam que elas não seriam cumpridas. Falava-se, então, que as leis eram apenas para inglês ver.
Onde Judas perdeu as botas
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca alguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu a expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível. No fim do mundo.
Ficar a ver navios
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum que as pessoas visitassem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
Fazer nas coxas
A origem vem da época dos escravos, que usavam as próprias coxas para moldar o barro usado na fabricação das telhas. Como as medidas eram diferentes, as telhas saíam também em formatos desiguais. E o telhado, “feito nas coxas”, acabava torto.
Ver a publicação completa em: (Instagram) @profmarianaleite.
Esse fazer nas coxas surpreendeu.
Joia, Durval. Como diz o velho ditado: “vivendo e aprendendo”!
Forte abraço, amigo!