Dando um toque no campo da literatura, sempre fiquei intrigado, talvez com fundo de decepção, ao me dar conta de que nenhum brasileiro, até hoje, foi laureado com o Nobel de Literatura.
Tantos escritores famosos em nossa terra, passando de Machado de Assis, José de Alencar, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade a Rachel de Queiroz e João Ubaldo Ribeiro, entre outros, de cujo elenco alguns despontaram com grande popularidade pelo mundo, com venda maciça e tradução de suas publicações para várias línguas, a exemplo, para citar apenas dois, de Jorge Amado e de Paulo Coelho.
Por que não chegamos lá, ainda?
Para ajudar a compreender o que se passa nesse campo, encontrei a primorosa matéria abaixo destacada, de Pedro Almeida, jornalista profissional, professor de literatura, escritor e empreendedor, publicada dia 13 passado no site Publishnews, que tomei conhecimento em grupo de rede social.
Gostei muito das informações, reflexões e sugestões de estratégias que o autor apresenta ao longo do texto, tudo como resultado de impressionante pesquisa por ele realizada. A meu ver, temos aí um conteúdo rico, educativo, cuja leitura flui de forma agradável. Imperdível!
Confira:
“Prêmio Nobel de Literatura – Quando será a nossa vez?
PUBLISHNEWS, PEDRO ALMEIDA
Em sua coluna, Pedro Almeida conta o resultado de uma pesquisa que fez para entender por que razões o Brasil nunca ganhou um Prêmio Nobel de Literatura

A cada outubro, mês em que acontece o maior encontro do ramo editorial do planeta, a Feira do Livro de Frankfurt, a Academia Sueca também anuncia o vencedor da mais prestigiada consagração literária internacional, o Prêmio Nobel. A Academia Sueca é a gestora, desde 1901, quando foi criado o fundo para a premiação, a partir da herança do cientista e inventor sueco Alfred Nobel (1833-96). Desde então, esta prática se repete todos os anos, com raras exceções, como no ano de 2018, em que não houve indicado por causa de problemas internos na Academia.
Todos os anos, cerca de 350 nomes de autores são indicados para a avaliação dos membros da academia, da qual sai uma seleção de 20 nomes, e depois uma nova fase onde chegam a 5 nomes e, dentre estes, será vencedor aquele que obtiver mais da metade dos votos. Como já houve casos em que a academia ficou dividida entre dois nomes, uma votação entre os dois sela a vitória.
O escritor laureado levará para casa, além da medalha de ouro e o diploma em papel – entregue pelo Rei da Suécia – 9 milhões de coroas suecas, o que equivale a aproximadamente R$ 4,5 milhões. Não é pouco.
O valor é pago pela Fundação Nobel que também concede prêmios em outras áreas como: Química, Física, Medicina ou Fisiologia e Paz. Há um prêmio em Economia, mas não é considerado como Nobel, apenas uma homenagem ao seu idealizador – Alfred Nobel.
Todos os prêmios são entregues em Estocolmo, no dia 10 de dezembro de cada ano, com exceção do prêmio da Paz* que é concedido pelo Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo.
A França já foi contemplada com 15 escritores laureados. EUA e Inglaterra tiveram a honra 11 vezes. Os nossos vizinhos sul-americanos: Chile, Peru e Colômbia já sentiram a alegria de comemorar o Prêmio Nobel de Literatura. E, em 1998, José Saramago foi laureado com o Nobel, o primeiro a dado para algum escritor do idioma português.
A pergunta que todo leitor brasileiro se faz é: por que o Brasil nunca recebeu um Prêmio Nobel se todos os anos vários escritores brasileiros são indicados?
Tenho investigado o assunto há algum tempo com o intuito de discutir sobre as nossas chances de um dia ter um brasileiro ganhador do prêmio de Literatura. O que falta para o Brasil chegar lá, até à Academia? Reuni minhas pesquisas para tentar contemplar o que poderia ser um planejamento estratégico de todos aqueles que desejam ver isso se tornar realidade… “
Leia a matéria na íntegra: https://www.publishnews.com.br/materias/2019/08/13/premio-nobel-de-literatura-quando-sera-a-nossa-vez
Artigo muito interessante e que alerta para aspectos que muitos de nós nunca pensamos… tenhamos ou não ganho um prémio Nobel!
Verdade, Dulce. O texto leva o leitor a perceber distintas perspectivas acerca do tema.
Grato pelo registro!
Excelente artigo . Fez cair o meu complexo de vira-latas, encontrando justificativa nesse comportamento medíocre dessa casta literária , eivada de “Marimbondos de Fogo “.
Pois é, caro Osvaldo. Mais uma vez, também nessa área, fica evidente que o excesso de vaidade não rende bons resultados. Está mais a fomentar a “entropia”!
Grato. Abração!
Muito bom o artigo, muito boa a discussão. Aproveito para sugerir a leitura do livro O MAR POR MEIO – UMA AMIZADE EM CARTAS, de Paloma Duarte, imperdível: https://joserosafilho.wordpress.com/2019/06/24/dois-em-um-4/
Ok, caro Zé Rosa. Grato pelo comentário e pela sugestão de leitura.
Abraços