Combinados avanço tecnológico e vida mais longa, é esperada uma verdadeira revolução no mercado de trabalho, no modo de funcionamento das organizações e, em especial, na natureza de muitas atividades que assegurarão empregabilidade. Um detalhe: isso pode estar mais próximo do que você imagina!
Atividades novas surgirão, principalmente na área de serviços, as não repetitivas e não realizadas por inteligência artificial. Considerando que as pessoas terão vida ativa por muito mais tempo, além dos 70 anos, graças ao fenômeno da longevidade, é lógico que o trabalhador fará coisas diferentes, se renovará, se transformará algumas vezes, fará coisas até mesmo simultâneas, estando em constante aprendizado e descobertas. Nessa toada, conforme demonstram diversos cenários, o preparo cognitivo e o desenvolvimento intelectual serão fatores em expansão e crescentemente valorizados.
Todo esse contexto precisa ser levado em conta, até porque os recursos tecnológicos absorverão diversas atividades de hoje e, por consequência, muitas atividades laborais tendem a desaparecer como ocupação de mão de obra nos moldes atuais. Longe de ser desconsiderado, deve, ao contrário, merecer de todos nós – incluindo aqueles que chegam à idade mais avançada e que desejam seguir ativos – continuada preparação, estar com a mente aberta e, claro, prontidão para agir.
Não tenho dúvida de que muita inovação nas atividades laborais, alguma coisa já em curso, será gradualmente intensificada nos próximos anos. Profissões como Consultor de Longevidade, Fazendeiro Vertical, Gestor de Sustentabilidade, Coach para Habilidades (Pessoais/Profissionais), entre outras, prometem ganhar evidência.
Tudo isso você confere na especial e excelente matéria publicada dias atrás pelo Estadão, com o título “Conheça 12 profissões do futuro, de consultor de longevidade a fazendeiro vertical“.
Ao conhecer tais “previsões” para o mundo do trabalho nos tempos que se avizinham, feitas por alguns especialistas, podemos concluir que, se por um lado tudo indica que mais e mais as pessoas tenderão a realizar atividades que sejam realizadoras e prazerosas, conectadas com o seu propósito de vida, por outro, buscar conhecimento, reinventar-se e desenvolver novas habilidades será realidade cada vez mais intensa. Isso poderá contribuir para que cresça a espiral positiva do “viver mais e melhor”, do trabalhar por um sentido, com mais satisfação/bem-estar e menos sensação de fazer mais do mesmo, de sofrimento no trabalho etc.
Portanto, confira aí do que estamos falando. Vale a pena conhecer as referidas tendências e ficar de olho nos achados da publicação em destaque. Você poderá tirar importantes insights para considerar na construção de um bom planejamento de futuro, que, seguramente, precisa estar atualizado e ser revisto periodicamente. A seguir:
Novas profissões vão bem além das que são estritamente ligadas à tecnologia: já ouviu falar em programador de entretenimento pessoal?
Com o avanço da automação, muitas atividades devem desaparecer. Mas, felizmente, outras tantas vão surgir
–
O mercado de trabalho está em constante transformação. Mas a mudança que se desenha com a 4ª Revolução Industrial é radical. O Instituto McKinsey prevê que, até 2030, metade das atividades de trabalho pode ser automatizada no mundo. No Brasil, onde há atualmente 13 milhões de desempregados, a pesquisa estima que outros quase 16 milhões de empregos podem ser perdidos nos próximos dez anos. Esse número representa 14% da atual força de trabalho do País.
Flexibilidade e capacidade de aprendizado serão essenciais para manter a relevância no mercado de trabalho. Na opinião de Ricardo Basaglia, diretor-executivo da consultoria norte-americana de recolocação profissional Michael Page, as pessoas vão ter de cinco a seis carreiras ao longo da vida no futuro.
“Costumo dizer que todo o profissional é como se fosse um aplicativo no mercado de trabalho. Então, as perguntas são: ‘Qual foi a última atualização que você teve? Vieram novas funcionalidades? Foram corrigidos bugs?’. É uma vida profissional de evolução constante.”
RICARDO BASAGLIA, DIRETOR-EXECUTIVO DA MICHAEL PAGE
Gabriela Gonçalves/Michael Page, com tratamento no Canva
A transformação digital vai exigir que as pessoas tenham múltiplas carreiras ao longo da vida, afirma Basaglia
Já que boa parte das atividades de trabalho será automatizada, sobrará mais tempo para as pessoas realizarem tarefas que realmente as deixam felizes. É o que pensa o futurologista britânico Ian Pearson, da Futurizon. “As pessoas poderão aprimorar a si mesmas, deixando para os computadores todas as atividades chatas”, afirma.
Pearson acredita que daqui a 15 ou 20 anos as habilidades e emoções humanas vão ser melhores aproveitadas do que hoje. “Eu acho que a automação vai resultar em empregos para as pessoas mais focados em habilidades emocionais e menos em processos automatizados”, diz.
Confira a entrevista completa com Ian Pearson no site do Estadão QR.
Ian Pearson/Arquivo Pessoal, com tratamento no Canva
Se Pearson estiver certo, comportamento deve ser uma área de trabalho crucial para as profissões do futuro. Outros setores, como tecnologia, medicina e meio ambiente também devem ter importância, segundo a especialista Camila Ghattas, fundadora da plataforma multicultural Foreseekers.
…
Leia a matéria na íntegra: https://arte.estadao.com.br/focas/estadaoqr/materia/conheca-12-profissoes-do-futuro-de-consultor-de-longevidade-a-fazendeiro-vertical
No limiar de um outro tempo…mundo…mentalidade…