Vídeo da Casa do Saber, com a professora Alexandra Godoi, traz ponderações e questionamentos bem pertinentes sobre as poucas dúvidas e as muitas certezas das pessoas, aludindo sobre a forma de processamento do nosso cérebro, pelos seus sistemas ‘rápido‘ (intuitivo) e ‘ lento‘ (racional), tudo isso diante da avalanche de informações que nos chegam hoje em dia. E a questão de fundo é: por que temos tantas certezas?
Com base nos argumentos didaticamente apresentados, na minha avaliação, convém nos acautelarmos, adotando posicionamentos mais prudentes quanto às nossas opiniões e convicções a respeito do que lemos e ouvimos, sobretudo porque as “verdades” e “certezas” que circulam com crescente abundância podem ser frágeis, inconsistentes, ou mesmo simples e deliberadas desinformações, que por seu turno desencadeiam em cada indivíduo as mais diversas opiniões, e assim o todo pode ficar com muitos vieses contaminados.
Em face desse contexto, tendo por pressuposto que boa dose de humildade é sinal de sabedoria e, ademais, que seria recomendável termos sempre ativado o nosso “desconfiômetro”, recordo-me de duas frases célebres que têm a ver com as questões ora levantadas e que nos despertam para o imenso universo das incertezas:
“Só sei que nada sei” (atribuída ao filósofo Sócrates)
“Eu quase que nada não sei, mas desconfio de muita coisa” (João Guimarães Rosa – livro Grande Sertão: Veredas).
Por tudo isso, segue o vídeo INFORMAÇÃO E DESINFORMAÇÃO: O CÉREBRO DAS CAVERNAS NA ERA DO FACEBOOK, publicado semana passada no YouTube, com duração de apenas 5:44. Um conteúdo que vem em boa hora!