O papo hoje é sobre empreendedorismo, que tem a ver com tocar o próprio negócio, ou seja, vender algum bem ou serviço, inclusive virtualmente, aí incluída a busca de posicionamento no mercado em razão da expertise/habilidade de que é detentor(a), de fazer um nome/uma marcar etc.
O empreendedorismo, em sentido amplo, é um dos importantes fatores a serem considerados na concepção de um projeto de vida, conforme explicito nas minhas palestras e conversas por aí, desde 2014, especialmente para quem almeja: 1) buscar alternativa de ocupação (pode até não visar resultado financeiro imediato, direto/indireto); 2) se reinventar, a qualquer tempo, notadamente como forte possibilidade para quem decide abandonar a condição de empregado(a); e 3) exercer a opção pela aposentadoria e pretende seguir ativo(a), desempenhando alguma atividade. Como sabemos, tornar-se empreendedor é desejo de significativa parcela da população.
É claro que inúmeros aspectos devem ser levados em conta, nesse particular, que espero seguir comentado por aqui em outras oportunidades. Bem, uma boa abordagem sobre isso vem neste texto de Renata Coelho Soares de Mello, empreendedora na área do marketing digital e produtora de conteúdo, publicado semana passada no LinkedIn, que reproduzo a seguir.
Ela relaciona 10 interessantes dicas, como lições aprendidas, para quem quer se tornar empreendedor(a). Vale realçar que nunca é demais conhecer as experiências adquiridas/acumuladas pelos outros, seja para ampliar as chances de êxito de quem está começando, seja, ainda, para diminuir o “bate-cabeça” e para evitar que se queira “inventar a roda”.
Confira:
“As 10 coisas que eu aprendi em 5 anos como empreendedora
(Renata Coelho Soares de Mello)
Não sei qual bichinho que mordeu a minha geração, mas boa parte de nós tem lá no fundo do peito aquele desejo incontrolável de criar um emprego dos sonhos, trabalhar pra si mesmo e meio que transformar o mundo num lugar mais agradável de se viver — pra nós e pros outros. Os criativos, então, parece que precisam ter um negócio próprio no qual investir toda a criatividade que não cabe num trabalho de 9h às 18h.
Eu meio que sempre carreguei comigo duas coisas: um monte de ideia doida e a vontade de ser dona do meu próprio negócio pra sentir que pelo menos nisso eu tenho controle da minha vida. Aí que tudo conspirou pra eu chegar no ponto de realmente empreender e o que eu mais fiz desde o primeiro dia foi aprender lições. Então lá vão algumas pra eu ler mais tarde, quando tudo tiver dado certo, e relembrar o perrengue que eu passei até chegar lá. E, claro, pra você que decidiu empreender ou também está nessa jornada de criar o seu lugar ao sol.
- Você acha sua ideia maravilhosa. Seus amigos acham sua ideia muito legal. O resto do mundo não tá nem aí pra sua ideia.
- No começo é muito difícil lidar com rejeição. Quanto mais o tempo passa, mais difícil fica.
- Trabalhar com internet dá a sensação de que você está falando sozinho, porque nem as paredes parecem dar conta que você está ali.
- É preciso ter alguém trabalhando do seu lado (talvez não literalmente. Talvez sim), porque tem hora que nada mais faz sentido e outra pessoa caminhando junto te ajuda a não desistir.
- Tem hora que nada mais faz sentido. E dá uma vontade imensa de jogar tudo pro alto, sair correndo igual ao Macaulay Culkin em Home Alone e chorar até desidratar. Aí você para pra pensar que isso não vai ajudar em nada e respira fundo, tira uma folga, dorme, sei lá, e no dia seguinte já está tudo lindo e funcionando de novo.
- Google é o melhor amigo de todo empreendedor. Especialmente quando você está escrevendo um artigo ou um projeto há horas e não sabe mais soletrar palavras básicas ou então precisa de sinônimos porque não dá pra escrever “projeto” mais uma vez sem parecer que você não tem vocabulário.
- Produtividade é um negócio estranho. Tem dia que rende que é uma beleza e tem dia que a hora custa a passar. Nem Pomodoro dá jeito. A solução é desligar os motores. Fazer só o essencial — que não tem como deixar de lado mesmo — e fingir que o dia terminou. Recarregar as baterias é preciso.
- Quanto mais parcerias você fizer, melhor pro seu negócio. Mas toma sempre cuidado com o tipo de parceria que você vai fazer. Porque tem sanguessuga em tudo quanto é mercado e entre os empreendedores não é diferente, sempre vai rolar a galera do “farinha pouca, meu pirão primeiro” (adoro essa expressão, valeu vó). Saiba lidar.
- É extremamente importante saber lidar com gente, não importa seu ramo de atuação. Afinal, mesmo criando softwares você trabalha pra pessoas e é importante saber ouvir e se comunicar. Diferenças culturais também precisam ser levadas em consideração. Paciência é a palavra-chave porque, aparentemente, lidar com pessoas é a parte mais difícil de ser humano.
- Nem vou mencionar a contabilidade pra você não desistir. Mas é essencial saber pelo menos fazer contas na calculadora ou montar planilhas no Excel.
Empreender é dolorido, exaustivo, desafiador e desanimador. Mas quando uma coisinha — por menor que seja — dá certo e indica que aquele era mesmo o caminho, todo sofrimento passa a valer a pena. Nem tudo são flores, mas se a gente não cuidar do jardim, nunca vai dar frutos.
* Esse texto foi publicado em 2016 quando eu era colunista no TagCultural. Foram feitas algumas adaptações para ir ao ar aqui. “
Se tornou uma necessidade para essa geração, ser empreendedor.
É preciso muito cuidado, conhecimento e dominio em administrar uma empresa, infelizmente a maioria quebra a cara, por não estar preparado, volte a estudar e buscar mais conhecimento.
Verdade, Roberto. Segundo as próprias estatísticas, há muita frustração por aí.Tenho alertado para a necessária preparação e prudência.
Grato pelo comentário!
As empresas fecham suas portas porque seus administradores não evoluem.
Começar é fácil, mas sem um plano, paciência, perseverança e trabalho duro é difícil permanecer no empreendedorismo. Apesar disso, 20 anos depois de ter largado a segurança de um cargo público concursado, não me arrependo. Não tem preço ser dono do seu próprio nariz.
Ótimo, Pedro. Parabéns!!!
Grato pelo seu depoimento.
Abraço
Eu acrescentaria mais uma.
11a – Empreender não é para todos.
Legal, Roberto. Grato!!!