Em mais de uma oportunidade, já trouxe aqui comentários e argumentos convincentes que sustentam não ser recomendável a utilização da multitarefa nas atividades cotidianas, por ser contrária à produtividade e à efetividade dos resultados práticos. É bastante lógica a tese de que dispersão rouba a capacidade de foco e de alcance de resultados!
Com olhar ligeiramente diferente, artigo trazido pela ÉPOCA NEGÓCIOS, abaixo reproduzido, demonstra ser positiva a chamada “multitasking em câmera lenta”, concebida a partir de técnicas (ou estratégias) que eram utilizadas por Darwin, Einsten e outros gênios.
Com efeito, aplicada a técnica com racionalidade, nos termos aí defendidos, concordo plenamente. Por exemplo, muitos leitores de livros, ávidos, argumentam que uma excelente técnica para ler mais e melhor é adotar a leitura simultânea de dois (ou três) livros.
Confira. Creio que você também irá concordar!
“Conheça o segredo de Darwin para produtividade e criatividade
Ele e outros gênios eram adeptos a uma forma de multitasking diferente, positiva e facilmente aplicável
O naturalista inglês Charles Darwin e outros gênios mantinham atenção em mais de um projeto ao mesmo tempo (Foto: Wikimedia Commons/Wikipedia)
Menos conhecida do que seu trabalho revolucionário sobre a evolução das espécies, foi a dedicação de Charles Darwin a estudar as minhocas. Principalmente, as respostas desses animais a estímulos diversos – como luz, cheiros, temperatura e sons.
Darwin levava o trabalho em paralelo às suas pesquisas e obras que ainda hoje são fundamentais para a Ciência. E o que tirar dessa atividade extra do naturalista? Segundo o economista e autor Tim Harford, o estudo das minhocas é um exemplo de segredo de criatividade e produtividade utilizado por Darwin, Albert Einstein, por uma das maiores bailarinas da dança contemporânea, Twyla Tharp, e por Michael Crichton, autor de Jurassic Park, entre outras histórias de ficção-científica. Trata-se do que ele chama de “multitasking em câmera lenta”(multitasking in slow-motion).
Com efeitos positivos na capacidade de criar, segundo Harford, essa técnica, detalhada pelo economista em seu TED Talk, pode ser aplicada por qualquer um. Como Harford observa em sua palestra, ser multitarefas não é algo recomendado, de forma geral. Alternar entre atividades atrapalha a concentração e drena energia. Mas, de acordo com ele, o mesmo não acontece com o multitasking em câmera lenta, que, basicamente, é levar vários projetos paralelamente. “Ter vários projetos em movimento ao mesmo tempo”, diz ele, “é bastante benéfico para os tipos criativos – nos sacode e ajuda a termos novas perspectivas sobre nosso trabalho.”
Na prática, significa alternar entre os projetos – que preferencialmente não têm relação com os outros, como um hobby – quando se sentir bloqueado criativamente, esgotado ou paralisado em certa atividade. Para o economista, isso diminui as chances de que o profissional sucumba à “estase, estresse e possivelmente até depressão.”
É isso que Darwin fazia quando dedicava-se ao estudo específico das minhocas. Einstein, por sua vez, alternava para o estudo da radiação quando estava cansado de trabalhar na teoria da relatividade geral.
Não são só gênios como Einstein e Darwin que podem se beneficiar: para o economista, manter-se ativo em diversas atividades de interesse é uma das melhores formas com que qualquer um pode levar a vida.
*Matéria originalmente publicado no portal parceiro Na Prática “
Excelente dica, o problema é o exagero. Abs.
Verdade, Zé Rosa. Este é o maior desafio: encontrar o ponto, o equilíbrio!
Penso que cada vez mais a sociedade nos leva a fazer isso, a todos os níveis. O “leque” de possibilidades é tão vasto, que somos impelidos a “conhecer mais e a fazer mais”. O que para alguns, pode levar à dispersão.
Como em tudo na vida, é uma questão de dosear equilibradamente as nossas escolhas/actividades.
Ótimo, Dulce. Obrigado pela opinião!!!