No contexto do grande tema autoconhecimento, volto hoje a refletir sobre aspectos que funcionam como travas, como limitações, como comprometimento para uma vida plena, e o medo é um desses maiores limitadores. Conforme registrei em posts anteriores sobre o assunto, alguns medos são até explicáveis, porque têm origem em alguma situação real (experiência concreta), além de funcionarem como fator de ponderação para que se evitem riscos demasiados. Entretanto, a maioria dos medos surge de mera imaginação, sem qualquer base lógica e razoável e, portanto, sem qualquer perspectiva de que tal situação possa ocorrer efetivamente.
Para ilustrar e trazer novas visões sobre o tema, o que acredito ser sempre recomendável, reproduzo artigo bem interessante, agradavelmente escrito, trazendo por título uma máxima do mestre indiano Osho: “A vida começa onde o medo termina”, cujo texto vi publicado no blog REIKI QUÂNTICO.
Vale a pena ler e estar atento, pois todos nós, em alguma medida, criamos e cultivamos (naturalmente) os nossos medos. A propósito, você tem medo de quê? Ou, em outras palavras, quais são os seus medos?
Confira a seguir:
“A vida começa onde o medo termina.
O medo faz parte da vida desde sempre. Uma questão de sobrevivência tanto no reino selvagem e inóspito de milênios atrás, como nas estradas arruinadas de antigamente onde todo estranho era suspeito até que provasse o contrário. O medo continua hoje na cidade grande, determinando em qual bairro podemos nos perder, moldando uma vida entre grades. Vivemos presos, nós mesmos nos enclausuramos em casas vigiadas, com cercas elétricas, alarmes…
Esse é um medo físico. Medo de violência, dos assaltos, agressões ao corpo e aos bens, aos queridos seres que pensamos possuir. É só um de muitos medos.
Você tem medo de quê?
Medo de se expor? Será? Nesse mundo de selfies onde as pessoas mostram o cafezinho com espuma, a roupa nova, a exposição é mais norma que exceção. Mas tem medo por trás disso também. Tem o medo de não fazer parte. A valorização excessiva da imagem, da casca, da aparência é uma forma de não mostrar o que tem dentro. Fica no raso que já está bom. Não precisa aprofundar. Medo de não gostarem de mim se me virem assim: cara limpa, cheia de limitações, traumas, sentimentos que não são nobres, dores, infantilidades…
Você tem medo de quê?
Medo de doença, medo de contágio, medo de invasão. Vírus no computador, vírus no ar e nas bocas. Epidemias. Quem mais espalha medo é a mídia. E a gente compra esse pacote. E paga caro por isso.
Você tem medo de quê?
Medo de ficar sozinho. Em casa, na vida, sem amor, sem cobertor de orelha. Por pior que seja, tem gente que fica junto por conta desse medo insano e inconsciente que também é um medo de não dar conta, de não conseguir se sustentar, de sofrer. Por ele se aguenta cada coisa… Tem gente que pula de um relacionamento para outro sem intervalo, sem viver as pausas, sem arrumar a casa… Medo de sentir a dor.
Você tem medo de quê?
Medo de morrer – já que muitos perderam a crença na continuidade da vida. Se, depois que os bichos nos comerem a carne, não sobraria nada mesmo, para que ter medo? Esse é um medo da dor, de não sentirem sua falta, de que tudo continue muito bem obrigado sem você, medo de não ter sido notado, importante, essencial na vida de ninguém.
Você tem medo de quê?
Medo de espírito? De ver coisas feias no astral, de ser sugado para regiões umbralinas e não conseguir voltar nem ser resgatado?
Você tem medo de quê?
Tem medo de falta de grana, falta de carinho, falta de amor, falta de amigos… Carência. Você sai por aí exalando carência e como pensa que o universo vai te retribuir? Por ressonância, você recebe exatamente o mesmo perfume de volta – carência. É o que consta do seu pedido. Com toda a abundância que existe nesse mundo, nós aqui nos maltratando e limitando com essa carestia ilusória.
Você tem medo de quê?
Medo de não ser amado – esse é top hit nesse mercado de horrores. O pior de todos. Acredito que seja o início de uma carreira no medo que gera metástases variadas desviando todo um roteiro de vida do seu curso original. É imperativo que eu seja amado. Se não aconteceu naturalmente, então deve ser porque não sou bom o suficiente.
Para provar que sou bom o suficiente começo a me moldar ao perfil que “imagino” seja o esperado de mim – dependendo do local/cultura/família de nascimento, vou tentar ser bonzinho ou bandido, bom aluno, competente, esperto ou durão!!!
Quem sou eu de verdade? Esse que todos vêem pelas ruas ou alguém perdido lá no fundo desse baú de fantasias? Entrei tão fundo nesse personagem que nem sei mais onde estou…
Para me proteger desse sofrimento de não ser amado, para não sentir dor, começo a construir estruturas em torno de mim. Verdadeiros muros de Berlim oriental, ocidental, em cima e em baixo. Tudo bem, acho que funcionou: deixo de sofrer. Contudo, o efeito colateral dessas barreiras é que elas limitam o meu sentir em todas as áreas, as boas também. Fico meio alienado do mundo, anestesiado. Se um dia eu quiser saber como é sentir, se um dia alguém me tocar bem ali e eu acordar… vou ter trabalho! O trabalho que mais vale a pena.
Qual o medo que dá mais medo?
O medo é uma trava, é como descer ladeira com o freio de mão puxado. Para quem descia ladeira de carrinho de rolimã sem capacete nem joelheira…
Hora de abrir a caixa de Pandora e deixar meus medos à vista para que eu possa ver quem sou. Ser quem sou. “
Adorei!
Grato pelo gentil feedback!