Sabemos que fazer o bem faz bem. Nesta linha comportamental está ser fraterno, ser caridoso, ser gentil, ser atencioso para com o outro etc.
Aliás, ao falar sobre a importância de se praticar ação voluntária (trabalho social, humanitário…), em postagens feitas aqui e também em capítulo específico, sobre Voluntariado, constante do meu livro LONGEVIDADE, destaquei que, de acordo com pesquisas norte-americanas, as pessoas que exercem ações voluntárias apresentam melhor saúde física e mental, menor taxa de mortalidade, mais jovialidade e espiritualidade, tudo isso quando comparadas com grupos de mesma faixa etária que não atuam no voluntariado.
Em reforço, reproduzo hoje interessante e recente publicação, feita no site “HUFFPOST Brasil”, mostrando que, segundo pesquisa feita na Inglaterra, temos acionadas zonas de recompensa (de gratidão e orgulho) quando da prática de ação altruística, isto é, quando a pessoa demonstra se preocupar com o outro e pratica o bem. Em verdade, é a comprovação científica de algo que já sabíamos e sentíamos, natural e automaticamente. Mas esse reforço da pesquisa é muito positivo, pois acaba funcionando como um incentivo para a bondade!
Confira a seguir:
“Como o seu cérebro reage quando você escolhe a gentileza e a gratidão
Sim, temos um mecanismo que nos impulsiona , literalmente, “fazer o bem sem olhar a quem”.
ORLA VIA GETTY IMAGES
O estudo intitulado “Uma meta-análise comparativa fMRI de decisões altruístas e estratégicas para doações” foi publicado na revista NeuroImage.
“A decisão de compartilhar recursos é fundamental para qualquer sociedade cooperativa”, disse o principal autor do estudo, Dr. Daniel Campbell-Meiklejohn, diretor do Laboratório de Decisão Social em Sussex. “Sabemos que as pessoas podem escolher ser gentis porque gostam de se sentir como uma ‘pessoa boa’, mas também que as pessoas podem escolher ser gentis quando acham que pode haver algo para elas nesse ato, como se esperássemos por um retorno ou uma reputação. ”
Quando se trata de atos de bondade, muitos tendem a se concentrar na ação e não na motivação por trás dela. Mas Campbell-Meiklejohn diz que o “porquê” é algo que deve ser entendido porque pode ter implicações úteis para a nossa espécie.
Ele cita um exemplo de como os governos poderiam usar melhor o conhecimento de por que as pessoas compartilham mesmo quando não recebem nada em troca. Segundo o pesquisador, isso poderia ajudar a criar políticas públicas melhores que encorajem o voluntariado e a doação às comunidades mais vulneráveis, por exemplo.
Para o estudo, a equipe de pesquisa realizou uma análise de outros estudos que envolveram mais de 1000 participantes. Todos tiveram os seus cérebros escaneados enquanto tomavam decisões.
O objetivo era comparar as pessoas que agiam por altruísmo – bondade genuína, sem nada a ganhar e sem segundas intenções – com as pessoas que exibem generosidade estratégica – um ato de bondade que lhes daria algo em troca.
De acordo com o resultado foi possível verificar que o centro de recompensa do cérebro foi acionado em ambos os casos. Mas eles também encontraram mudanças paralelas no cérebro durante as decisões altruístas.
“Descobrimos que algumas regiões cerebrais estavam mais ativas durante as decisões para a generosidade sem esperar nada em troca, comparadas à estratégica, então parece que há algo realmente de especial em situações em que nossa única motivação para compartilhar com o outros é se sentir bem em fazer aquilo”, disse Jo Cutler, co-autora do estudo.
Cutler também chama atenção para uma observação interessante sobre o papel das recompensas. Ela explica que, em alguns casos, recompensar atos altruístas pode, na verdade, ser uma coisa ruim, pois altera a forma como a pessoa vê o seu próprio ato de gentileza. “
Gostei do texto!!!
Grato pelo feedback!