Dicas de finanças pessoais para o seu projeto de aposentadoria (final)

Imagem relacionadaCrédito de imagem: Resenha Virtual

Volto com o artigo cuja publicação iniciei ontem (parte I), atendendo a demandas que recebo sobre dicas gerais de aspectos financeiros a serem observados na estruturação de um projeto de vida, em especial para o pós-50 e a aposentadoria. Confira para não perder a sequência: https://obemviver.blog.br/2018/09/13/dicas-de-financas-pessoais-para-o-seu-projeto-de-aposentadoria-i/.

Eis o complemento do texto (parte II), a seguir, cabendo deixar claro que o tema é bastante amplo e as considerações aqui registradas trazem, propositalmente, apenas alguns pontos de abrangência mais geral, com visão panorâmica e pouco aprofundamento/sofisticação, segundo o crivo deste autor.

Mais do que quando se aposentar, o importante é em que situação

O antigo lutador de box norte-americano George Foreman disse, certa feita:

“A questão não é com que idade eu quero me aposentar, mas com que renda.”

Bem, diante dos levantamentos e estimativas comentados nos tópicos precedentes, veja qual será mesmo a sua necessidade para que possa tirar o melhor proveito da longevidade, do viver mais, e ter uma aposentadoria ativa, com novas realizações, descobertas, reinvenções, autonomia, para que haja um viver bem-sucedido na maturidade.

Assim, a pergunta “com quanto você precisa para se aposentar (com que nível de renda e reserva acumulada)?” deve contar com resposta clara, ainda que aproximada, pois disso depende a formatação do seu projeto de vida futura e, óbvio, do nível de consistência para as suas expectativas e definições de rumos. Devo lembrar que o princípio filosófico dessa abordagem é ‘viver mais e melhor’. E a sua capacidade de realizar as ações e sonhos idealizados precisa ser concreta, real, sob pena de frustrações, infelicidade, adoecimentos e desperdício de um tempo de vida que tem tudo para ser positivo, ou, mais ainda, para ser o melhor!

A realidade trazida em nova pesquisa

A esse pretexto, todo cuidado com o orçamento e o planejamento contarão a seu favor. Cabe observar que, segundo recente pesquisa divulgada na edição especial da Revista EXAME, de agosto de 2018, realizada em 30 países, entre os quais Estados Unidos, Japão, China, Alemanha, Índia e Brasil, a maioria das pessoas subestima seu custo de vida na aposentadoria. Na real, quando se aposentam, as pessoas constatam que seus gastos básicos, com alimentação, roupas e pagamentos de gastos da casa (água, luz, condomínio etc.) são maiores do que a estimativa feita quando ainda estavam no trabalho. Erros assim podem trazer comprometimentos para o projeto de vida. Seja prudente e realista ao mesmo tempo!

Veja esta regra: 50 / 15/ 35

Muitos especialistas em finanças pessoais recomendam, como forma de estimular a adoção de hábito saudável quanto à gestão, ou controle, do orçamento pessoal, três parâmetros como referência, ou regra geral, a ser observada para direcionamento dos recursos financeiros que o indivíduo recebe a cada mês. Eis a regra preconizada (claro, uma mera sugestão):

50% – Gastos necessários/obrigatórios (fixos): moradia, educação, saúde, manutenção, alimentação, estudos …

15% – Reservas e segurança: aplicação financeira (títulos, fundos, poupança etc.), previdência complementar, seguro especial etc.

35% – Gastos com estilo de vida / lazer: academia de ginástica, estética, viagens, festas, comer fora, bares, cinema/teatro, compra de livros e presentes, encontros c/amigos…

Obs: é fundamental saber priorizar o uso dos recursos financeiros, direcionando-os, ao máximo, para viabilizar o seu projeto de vida (coerência intenção-ação)!

Como dito no início, dada à amplitude da temática, outras variáveis também podem ser consideradas, ao menos estudadas, a exemplo de:

Investir em imóvel – uma opção para os mais conservadores pode ser investir em imóvel para auferir renda com aluguel. Aqui entra a variável psicológica com impacto para o indivíduo e seu núcleo familiar, representada pela segurança de possuir algum patrimônio, sem contar que o recebimento de aluguel pode ser boa ajuda para fechar o orçamento mensal. Contudo, decisão como essa precisa estar bem resolvida, principalmente em momentos de crise econômica. Muito cuidado com as suas escolhas!

Ter a proteção de seguros – estar com o patrimônio e os principais bens protegidos é boa medida de cautela, que minimizam riscos de abrupta descapitalização em caso de perdas. Cabe realçar a existência de interessantes modalidades de seguros de vida, que podem ser muito importantes para você, sobretudo em caso de invalidez, permitindo resgates parciais, que acabam funcionando como um mix de seguro e de investimento. Se for o caso, busque informações com pessoas/instituições de confiança.

E por falar em buscar ajuda sobre finanças pessoais, recomendo que visitem (e explorem), o site sobre Educação Financeira do Banco Central do Brasil, pelo endereço: http://www.bcb.gov.br/?PEF-BC

Por tudo isso, trabalhe com zelo o seu projeto de futuro para a maturidade e o pós-trabalho, desde a juventude, pois uma vida com orientação e planejamento facilitará, em muito, a sua tranquilidade para um viver equilibrado, com qualidade e bem-estar, em especial na fase da idade mais avançada!

Deixe seu comentário e enriqueça essa abordagem com sua visão e experiência!

Atenção: permito a reprodução e compartilhamento desta publicação. Entretanto, é necessária a indicação da autoria (Clovis Dattoli) e também da fonte (www.obemviver.blog.br).

Sobre JCDattoli

Este blog foi idealizado para compartilhar reflexões e discussões (comentários, frases célebres, textos diversos, slides, vídeos, músicas, referências sobre livros, filmes, sites, outros blogs) que contribuam para a realização e o crescimento do ser humano em toda a sua essência e nas dimensões pessoais e profissionais. Almejo que o ser humano se mostre cada vez mais virtuoso, atento e disposto a servir ao próximo em cada momento da sua existência. Atuei profissionalmente por quatro décadas, com bastante intensidade, nas áreas pública e privada. Ocupei de cargos técnicos a postos de chefia e direção. Neste novo momento, pretendo ajudar pessoas a atingir outros patamares na vida – e na profissão. Dedicarei parte do tempo para ações sociais/humanitárias (levar música ao vivo para casas de idosos é uma das frentes de atuação, iniciada em 2007), além de assegurar espaços na agenda para o exercício do autoconhecimento e para a meditação, no caminho da evolução pessoal permanente . Gosto de ler, de aprender coisas novas, de praticar atividades físicas e de cantar-tocar violão. A família e as amizades são preciosas matérias-primas na construção do bem viver. Apesar das incongruências, desencontros e descaminhos humanos, tenho por missão dedicar-me mais e mais às pessoas como contributo para um mundo verdadeiramente melhor!
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