Dicas de finanças pessoais para o seu projeto de aposentadoria (I)

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Quanto antes você observar estas dicas e incorporar os hábitos sugeridos você ampliará as suas chances de se dar bem na fase da aposentadoria

É verdade que o êxito dos planos de futuro, o desfrutar de uma vida bem estruturada, equilibrada e que dê satisfação dependem de um conjunto de fatores importantes, a exemplo de autoconhecimento, relacionamentos, saúde, bem assim da maneira como a pessoa encontra ocupação e utiliza o seu tempo disponível, seja no empreendedorismo, numa nova carreira, no exercício do voluntariado. Mas, sem dúvida, ter respaldo financeiro para cobrir as necessidades básicas e as novas demandas que surgem na fase da maturidade é condição inescapável, sob pena de restar comprometido um projeto de vida e, com isso, deixar de garantir as mínimas condições para um viver ativo e com bem-estar, jogando por terra os benefícios da aposentadoria e as perspectivas de uma vida cada vez mais longa, nestes tempos de longevidade crescente.

De forma bastante compreensível, pelo que significa para a vida de todos nós, a variável financeira, versando sobre o fator finanças pessoais e familiares, sempre merece interesse e provoca questões e demandas nas minhas conversas, palestras e entrevistas  por aí a respeito de longevidade e projeto de vida. Exatamente por isso, resolvi preparar este artigo, com dicas que espero possam ajudar você na estruturação do seu planejamento pessoal, especialmente pensando no pós-emprego e na fase da idade avançada.

Sendo razoável, para a leitura não ficar cansativa, vou dividir o artigo em duas partes. A primeira vai a seguir e a segunda parte será postada amanhã. Fique ligado(a) e boa leitura!

Considere você e o seu núcleo familiar

Quando abordo esse fator deixo claro, sempre, que pensar na situação financeira implica computar a realidade dos encargos e das receitas (entradas e saídas orçamentárias) do conjunto, isto é, deve-se levar em conta a situação individual e também do núcleo familiar. Como é comum a pessoa assumir gastos de cônjuge, filho e até de outros membros da família, inclua tudo isso no orçamento projetado (mesada, pagamento de escolas e outros itens), sob pena de fazer previsão errada e, ao final, a conta não fechar. Eis o motivo pelo qual menciono sempre esse fator como ‘Finanças Pessoais e Familiares’!

Tenha disciplina e adote o hábito de poupar (criar reservas financeiras)

Esse é um dos requisitos elementares de qualquer orientação no âmbito da chamada educação financeira. Destine parte do seu rendimento mensal para aplicar, criando, assim, reservas para garantir a sua tranquilidade no futuro. Por exemplo, como nos processos de aposentadoria a pessoa tende a fazer jus a remuneração menor do que a que auferia quando se encontrava na ativa (por perda de benefícios/verbas não incorporados nos proventos da aposentadoria, pela limitação do teto remuneratório definido pela previdência oficial etc.), é razoável supor que o aposentado precise – para cobrir suas necessidades com despesas fixas e com outros gastos, incluindo aqueles previstos no seu projeto de vida – de fonte complementar de receita. Portanto, essa mencionada reserva, que poderá ser formada por aplicações financeiras as mais variadas: títulos do tesouro, CDBs, fundos de investimento, LCAs, LCIs, ou por investimentos em planos de previdência complementar, lhe propiciará o respaldo para cobrir necessidades do seu orçamento (seu e do seu núcleo familiar mais direto).

Para tanto, faça um pacto com você mesmo. Estabeleça a regularidade (dia do mês e valor) para aplicar e constituir/reforçar suas reservas. Incorpore esse hábito, pois aí está uma regra de ouro para que o seu projeto de futuro seja consistente e não lhe traga surpresas desagradáveis.

Avalie e compare os rendimentos das suas aplicações para não perder dinheiro 

Com boa frequência, você deve atentar para o nível dessa remuneração, pois o mercado é dinâmico e você poderá estar jogando dinheiro fora com aplicações desvantajosas, que paguem menos do que o índice de inflação. Contudo, vale ponderar quanto ao nível de risco das aplicações. O ideal é trabalhar com rendimento positivo e baixo risco de perda. A regra, então, é estar atento, conversar com pessoas experientes e bem informadas. Se for o caso, peça a assistência de especialistas.

Como realcei no meu livro LONGEVIDADE, “a busca de maiores rendimentos implica assumir maiores riscos. Logo, procure balancear risco versus segurança.”

Tenha sempre em mãos o orçamento pessoal/familiar (receitas menos despesas)

Vá praticando a utilização desse mecanismo desde cedo e, na medida em que elabora o seu projeto de vida para a aposentadoria, faça refletir sua realidade e suas expectativas no orçamento projetado, de maneira que você esteja seguro quanto à existência de recursos financeiros para cobrir os seus gastos já existentes hoje e alguns outros que virão com o envelhecimento (planos de saúde, terapias especiais, medicações, cirurgias) e com a fase do pós-emprego e do tempo livre (obtenção de novos conhecimentos, prática de atividades recreativas, esportivas, realização de viagens etc.). E aqui a regra é orçamento suficiente/ superavitário, isto é, as receitas (ex: salário, aposentadoria, recebimento de aluguel, rendimentos financeiros…) devem sempre superar as despesas regulares e outros gastos, salvo situações de excepcionalidade, como eventos fortuitos, que fogem da regra normal.

Amanhã publicarei a continuação – segunda parte!

Atenção: permito a reprodução e compartilhamento desta publicação. Entretanto, é necessária a indicação da autoria (Clovis Dattoli) e também da fonte (www.obemviver.blog.br).

Sobre JCDattoli

Este blog foi idealizado para compartilhar reflexões e discussões (comentários, frases célebres, textos diversos, slides, vídeos, músicas, referências sobre livros, filmes, sites, outros blogs) que contribuam para a realização e o crescimento do ser humano em toda a sua essência e nas dimensões pessoais e profissionais. Almejo que o ser humano se mostre cada vez mais virtuoso, atento e disposto a servir ao próximo em cada momento da sua existência. Atuei profissionalmente por quatro décadas, com bastante intensidade, nas áreas pública e privada. Ocupei de cargos técnicos a postos de chefia e direção. Neste novo momento, pretendo ajudar pessoas a atingir outros patamares na vida – e na profissão. Dedicarei parte do tempo para ações sociais/humanitárias (levar música ao vivo para casas de idosos é uma das frentes de atuação, iniciada em 2007), além de assegurar espaços na agenda para o exercício do autoconhecimento e para a meditação, no caminho da evolução pessoal permanente . Gosto de ler, de aprender coisas novas, de praticar atividades físicas e de cantar-tocar violão. A família e as amizades são preciosas matérias-primas na construção do bem viver. Apesar das incongruências, desencontros e descaminhos humanos, tenho por missão dedicar-me mais e mais às pessoas como contributo para um mundo verdadeiramente melhor!
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