Com o propósito de lhe manter atualizado sobre o tema LIDERANÇA, repercuto hoje mais uma pesquisa, realizada com grande quantidade de funcionários nos Estados Unidos, por empresa de tecnologia para RH, a respeito dos aspectos que eles consideram ruins e bons em seus chefes.
O trabalho mereceu publicação do jornal Valor Econômico, feita no último dia 21. A matéria confirma alguns pontos já indicados em outras pesquisas, realizadas também no Brasil, sobre as quais tenho comentado aqui no blog, em textos autorias e em palestras.
Fazendo inferência a partir desse conjunto de pesquisas, está claro que as gerações mais novas querem entender, cada vez mais, porque a empresa existe (qual é o negócio, a missão e os propósitos da organização) e o que lhe espera (as expectativas e perspectivas em relação ao profissional).
E como estamos em ambiente mais democrático e crescentemente colaborativo, a inteligência emocional dos gestores e o cuidado com o capital humano (demonstrar interesse, atenção, valorização do pessoal) são fatores decisivos para a motivação no trabalho. No particular, essa publicação de agora confirma outra evidência indiscutível: bom percentual de talentos que deixam o trabalho (se demitem) têm como motivação (causa) principal ser ver livre de um chefe ruim!
De acordo com os funcionários ouvidos, segundo a matéria, o que torna os chefes ruins, em essência, é “falta de clareza na comunicação e pouco interesse pelos subordinados”.
Para explorar um pouco mais, faço resumo dos principais aspectos trazidos na publicação, compreendendo comportamento das lideranças considerados negativos e positivos (na opinião dos funcionários ouvidos na pesquisa):
O que torna chefes ruins:
Não saber comunicar as expectativas de forma clara;
Favorecer determinada pessoa (um “queridinho”) em detrimento dos outros;
Não demonstrar interesse pela carreira e desenvolvimento dos subordinados;
Falar mal dos outros pelas costas;
Não estar aberto a receber feedback;
Querer provar que está sempre certo (não ouvir os outros).
O que torna chefes bons/ótimos:
Demonstrar honestidade/ter ética;
Passar confiança;
Ter senso de humor;
Saber comunicar as expectativas;
Saber reconhecer o subordinado quando ele faz um bom trabalho.
Por último, ainda de acordo com o levantamento, o limite para tolerar chefes considerados ruins é cada vez mais baixo. Assim, 77% dos profissionais esperam trocar de emprego nos próximos doze meses. Por outro lado, para quem tem chefe avaliado com nota 9 ou 10 a situação é diferente. Apenas 18% dos profissionais pensam em trocar de emprego.
Fica aí o recado para quem já conduz pessoas ou se prepara para fazê-lo. Espero que essas informações sirvam de estímulo – e direcionador – para o constante aprimoramento das competências de liderança, de gestão e de funções de denominação equivalente. Percebemos, com clareza cada vez maior, que o nível de exigência para engajamento e motivação do capital humano ganha crescente dinamismo e complexidade, como não poderia ser diferente, seja pelo mindset e estilo dos trabalhadores mais jovens que vão dominando os ambientes organizacionais, seja, ainda, pelas incessantes mudanças (e disrupções) que não poupam qualquer ambiente nos dias atuais.
Quer saber se um chefe recém ingresso numa empresa, órgão, divisão, seção, etc, é ruim ? Pergunte aos seus ex-funcionários. Ab.
Sem dúvida, é muito importante. É claro que, para uma apuração mais consistente, outros atores também precisam ser ouvidos, como pares (colaterais) e também superiores!
Grato pelo comentário, Zé Rosa!
Parabéns, Dattoli. A partir de um tema importante, produziu um texto analítico e esclarecedor, mencionando fontes e repercussões. Para cada 99 repetidores de links existe um Dattoli.
Caro amigo Ricardo, esse seu comentário generoso é um grande incentivo. Meu muito obrigado!!!
Forte abraço.
Pingback: LIDERANÇA – ‘O que torna chefes ruins, segundo seus funcionários’ — O Bem Viver – CURSO BEM VINDO A LIDERANÇA!