Dentro da grande temática Saúde e Qualidade de Vida, trago para você notícia recente e informação atualizada sobre a importância do sono. A matéria que selecionei para hoje, publicada no site da revista ÉPOCA NEGÓCIOS, comenta últimas descobertas sobre danos para a saúde, provocados por transtornos do sono, cujos efeitos têm amplo espectro, por provocarem diversos tipos de doença e, claro, por contribuírem para comprometer a expectativa de vida.
O estudo do sono compreende notória complexidade, sem dúvida, até porque precisa ser realizado sem perder de vista a realidade – e as necessidades – de cada indivíduo. Entretanto, ninguém discorda de que o sono é fundamental, principalmente ante a constatação de que, ao não dormir com suficiência, a pessoa experimenta evidentes desconfortos e prejuízos no seu ânimo, equilíbrio emocional, capacidade de concentração etc. Adicionalmente, em face do contexto atual, está evidente que as pessoas estão processando cada vez mais informações, levando possível sobrecarga para a mente e, por consequência, repousando e dormindo menos.
Confira o matéria – a seguir:
“Dormir pouco afeta genes e metabolismo e reduz expectativa de vida
Há cada vez mais estudos que advertem
sobre a importância do descanso
(FOTO: PEXELS)
Dormir pouco traz não só graves consequências para a saúde, mas também altera o funcionamento dos genes e reduz a expectativa de vida. Assim advertiram vários pesquisadores especializados em transtornos do sonho que desde esta quinta-feira participam em Madri do simpósio sobre estas patologias organizado pela Fundação Ramón Areces e o Instituto de Investigações do Sono (IIS).
Em uma entrevista coletiva, o responsável científico do encontro e diretor do ISS, Diego García-Borreguero, explicou que o estudo dos transtornos do sono só começou na década de 1970 e “até então não se pensava que o sono fosse um estado com circunstâncias tão especiais”. No entanto, há cada vez mais estudos que advertem sobre a importância do descanso e, sobretudo, das graves consequências que tem sobre a saúde.
“Os transtornos do sono são um fator de risco que provocam todo tipo de doenças, desde a obesidade mórbida, passando pela diabete, doenças neurológicas e imunológicas, entre outras”, afirmou o especialista.
A incidência dos transtornos do sono é muito elevada nos países ocidentais e “os novos estilos de vida da sociedade moderna estão reduzindo o tempo de descanso das pessoas e, até hoje, o déficit de ‘sono crônico’ afeta uma porcentagem muito elevada da população saudável”, advertiu García-Borreguero.
Todos estes fatores fazem com que seja cada vez mais importante “saber o que ocorre no cérebro, quando descansa e quando não o faz” e nesse contexto “a investigação básica é essencial”.
Na mesma linha, o pesquisador Paul Franken, do Centro de Genômica Integral da Universidade de Lausanne (Suíça), disse que é essencial descobrir por que é tão importante descansar corretamente e determinar quais fatores estão envolvidos e por que varia tanto entre indivíduos: “alguns funcionam perfeitamente com quatro horas de sonho e outros precisam de nove”. Para Franken, a necessidade de passar um terço da vida dormindo tem uma base biológica e o descanso, seja correto ou não, tem graves consequências sobre os nossos genes.
Segundo vários estudos apresentados por Franken, dormir a metade do tempo necessário pode chegar a alterar até 80% do transcriptoma, (o conjunto de genes que estão se expressando em um dado momento em uma célula), o que demonstra que “os efeitos de um sono insuficiente no nosso sistema genético são muito maiores do que o que sabíamos até agora”.
Por sua vez, Dennis Rosen, investigador do Harvard Medical School e pediatra do Hospital Infantil de Boston (EUA), advertiu sobre a importância de reconhecer o mais rápido possível e tratar os transtornos do sono nas crianças e adolescentes, pois “cada vez mais há evidências de que a falta de sono tem consequências que se arrastam até a vida adulta”.
“O descanso correto das crianças deveria ser uma questão de saúde pública importante e lamentavelmente não é, nem para os pais nem para os pediatras, apesar de as consequências poderem ser muito graves e provocar obesidade, doenças metabólicas, danos cerebrais irreversíveis, e um maior risco de sofrer doenças mentais e de abuso de álcool e drogas na idade adulta”, afirmou o pediatra americano. “
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