Esta pergunta é recorrente, desde sempre: Decidimos mais com a razão ou com o coração? Por conta disso, volto a falar brevemente sobre o nosso processo (mental) de tomada de decisão.
Com efeito, é ilusão imaginar quer a nossa mente racional tem o controle sobre as emoções no dia a dia. Quando tomamos uma decisão, por mais simples que seja, entram em cena as nossas emoções e a nossa intuição. Claro que a mente racional está inserida nesse processo, mas não é o que predomina. A racionalidade é parcial, relativa e limitada.
Em entrevista para a revista VOCÊ S/A, de dezembro de 2017, o psiquiatra e professor italiano Mauro Maldonato, autor do livro Na Hora da Decisão (editora Sesc), fala com muita propriedade a esse respeito. Segundo ele, “a decisão não depende apenas do cérebro, mas do caráter e da personalidade de cada um.”
Durante a entrevista, o autor argumenta que inexiste uma fórmula que nos garanta fazermos sempre as melhores escolhas. E traz um enunciado lapidar:
“O homem não é uma máquina pensante, mas uma máquina emocional que pensa.”
Por tudo isso, fica o reforço de que as pessoas precisam confiar mais na intuição. Mesmo porque, já fiz algumas referências aqui sobre o elevado nível de acerto das decisões tomadas com base na intuição, incluindo até mesmo decisões mais complexas e de cunho profissional. Aliás, não custa lembrar que a intuição decorre de conhecimentos acumulados pelo indivíduo, ainda que utilizados de forma inconsciente.
Tenha isso em mente. E fiquemos, assim, na expectativa de que você tenha mais acertos do que erros nas suas decisões!