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Por: Clovis Dattoli*
Minha motivação para escrever este artigo, sobre ciclo de vida e os medidores das idades, é a constatação de que, com bastante frequência, percebo confusão nas pessoas quanto ao entendimento das fases cronológicas da vida, especialmente quando se refere ao período da fase adulta ao envelhecimento. Com efeito, há distintas interpretações para o que é ser jovem, para a meia idade e a terceira idade, ao que se acrescenta o novo conceito de quarta idade. Assim, vou tentar clarear o assunto, para o que utilizarei os conceitos mais comumente adotados nas publicações disponíveis e, por óbvio, com base no que me parece ser mais razoável e de bom senso.
Entre o nascimento e a morte, o indivíduo passa por diferentes fases que determinam o ciclo da vida. De acordo com os costumes, convenções e legislação específica, o humano experimenta os estágios de bebê, criança (fase infantil), adolescente, jovem, chega à segunda idade, alcança a terceira idade e, atualmente, já atinge um estágio máximo da sua condição de idoso, em especial com a elevação da longevidade, que é a recém denominada quarta idade.
Claro, cada uma dessas fases da vida apresenta aspectos físicos e psicológicos distintos, decorrentes da transformação biológica, do envelhecimento e também da formação de personalidade e caráter.
Para simplificar o entendimento preliminar, vou reduzir essa evolução cronológica a quatro grandes estágios: infância, adolescência, idade adulta e velhice.
Para cada um deles farei os devidos desdobramentos em subfases (subestágios cronológicos), de acordo com os costumes, as convenções e a legislação específica brasileira, cabendo esclarecer que essas faixas etárias, principalmente as que delimitam a adolescência, a meia idade e a terceira idade, variam entre os países. Aliás, têm interpretações diversas aqui mesmo no Brasil. Portanto, inexiste uma convenção universal (geral) que pacifique completamente o assunto.
Os estágios da vida
O primeiro estágio é o da infância, contado do dia do nascimento até a fase de criança, que vai até os 11 anos.
A adolescência é a fase dos 12 aos 20 anos, representando a transição entre a infância e a idade adulta.
A grande fase da idade adulta é, a princípio, a mais longa de todas, indo dos 21 aos 59 anos. Engloba a fase jovem, entre 21 e 30 anos, e a meia idade, de 31 a 59 anos.
Já a fase da velhice, que cada vez se alonga mais, compreende, no Brasil, os idosos a partir de 60 anos, de acordo com a definição da Lei nº 10.741, de 1º/10/2003 (Estatuto do Idoso). Nesse grande e emergente grupo, estão compreendidas as pessoas da terceira idade, de 60 a 80 anos, e também da recentemente chamada quarta idade, a partir de 81 anos.
Num esforço para estratificar tudo isso em grandes e homogêneos blocos, em termos conceituais, e considerando a realidade da média da população, temos os seguintes blocos etários:
Primeira idade (nascimento, criança, adolescente): de 0 até 20 anos
Segunda idade (jovem + meia idade): 21 a 59 anos
Terceira idade (idoso): 60 a 80 anos
Quarta idade (ancião/velhice extrema): 81 anos em diante.
Outras perspectivas sobre idade e envelhecimento
Imagem: Google/Psicologia do Desenvolvimento – Webnode
Agora, para ampliar e complementar estas considerações a respeito de idade e do ciclo de envelhecimento, necessário se torna considerar também outros parâmetros de avaliação. Para mim e para muita gente, ser idoso e ser velho, por exemplo, são conceitos com valorações bem distintas e que fazem enorme diferença até mesmo na maneira como se encara a vida. Assim, existem três principais medidores para análise da verdadeira idade de uma pessoa: idade cronológica, idade biológica e idade psicológica (ou mental).
A idade cronológica, considerada para todos os efeitos formais e legais, é ditada pelo contar do tempo conforme o calendário, a partir da data de nascimento, independentemente de como esteja o indivíduo em termos físicos e psicológicos. Portanto, aqui se encaixam os ciclos etários antes comentados;
A idade biológica, entretanto, leva em consideração o estado físico, sendo vista pela aparência e pelos sinais do indivíduo. Como observamos na prática, alguém com 50 aniversários, por exemplo, pode demonstrar um estado bem mais jovem e apresentar forma física de 40 anos ou até menos. E o contrário também pode acontecer;
Já a idade psicológica (ou idade mental), é na verdade a idade que acaba prevalecendo no viver do dia a dia, pois é aquela que a pessoa sente que tem, representada pelo seu estado de espírito, pela sua mentalidade, ou seja, pela forma como pensa e age. A realidade nos mostra que pessoas ainda jovens demonstram estar envelhecidas precocemente. Por outro lado, o número de pessoas idosas, com mais de 60 anos de vida, que demonstram idades biológica e psicológica menores (aparentam ser mais jovens) vem crescendo continuamente, em virtude de uma série de fatores, entre os quais a elevação do nível de consciência a respeito de qualidade de vida. Para essas pessoas, há uma condição de idoso que não significa velhice. A idade psicológica, portanto, é na essência a que tem maior peso real no cotidiano e a que exerce importante influência no processo de envelhecimento ativo e saudável.
Para finalizar, fiquemos com este pensamento motivador:
“A idade é uma questão da mente sobre a matéria. Se você não liga, então não importa.” (Satchel Paige)
Artigo interessante e esclarecedor….
Valeu, mano Davi. Obrigado!
👏👏👏
Obrigado, Luci!
Muito bom!
Parabéns, amigo, pelo excelente texto.
Obrigado, grande amigo!
Abração
Amigo Dattoli,gostei muito do texto,esclareceu bastante .Vamos viver e ser feliz em qualquer fase da vida .
Abraços
Georgina
É por aí, amiga Georgina. Vamos em frente e obrigado por comentar!
Muito bom. Gostei. Acho que sigo razoavelmente bem as idades BIO, CRONO e PSICO… Ilógica.
Abração,
Com certeza, amigo Marden. Você é bom paradigma nessa análise sobre idades!
Obrigado pelo comentário!
Excelente matéria! Muito esclarecedora e de fácil interpretação. Obrigada por compartilhar seus conhecimentod
Olá, Karine, seja bem-vinda a este espaço. Muito grato pelo gentil e incentivador comentário!
Eu sou criança e quero ver se vou ser bonita no futuro para conquistar alguém
Vai, Kalline. Isso depende muito da sua mentalidade e da sua autoestima. Acredite, mentalize positivo e, antes de qualquer coisa, aprenda a gostar da sua imagem refletida no espelho. Ok?
Um abraço e grato pela visita e pelo comentário!
O filho único com pais idosos sempre tem e
O futuro🤔
Que belo trabalho. Muito bem explicado. Gostei.
Grato pelo gentil feedback, caro Gustavo. Que 2021 seja um ano leve e muito positivo para você!