Já fiz algumas publicações aqui sobre o grande líder sul-africano Nelson Mandela (o “Madiba”), uma permanente fonte de inspiração para mim, pelas suas elevadas qualidades como líder e, sobretudo, por demonstrar, como poucos, uma impressionante clareza de propósito e determinação para servir a uma causa tão nobre, como foi a luta contra o apartheid, mesmo tendo que enfrentar uma longa reclusão.
A propósito, reproduzo hoje publicação feita no portal da Revista Pazes, com o impactante poema Invictus, de William Ernest Henley, escritor britânico do Século XIX, que inspirou Mandela e deu título ao famoso filme de mesmo nome. As palavras, retratadas nessa poesia, nos ajudam a entender a força e a capacidade de resiliência que esse imortal líder demonstrou diante de tanta adversidade.
Leiam abaixo e, na sequência, assistam ao vídeo (disponível no YouTube) com declamação do poema, que conta com o recurso da legenda em português.
“Invictus: o poema que inspirou Nelson Mandela em seus 27 anos de de prisão
Willian Ernest Henley, ao escrever o poema abaixo, jamais sonharia que os seus versos poderiam inspirar um homem com grandeza de Nelson Mandela a suportar, por vinte e sete anos, o cativeiro, condenado por sua luta contra o apartheid.
Foi esse mesmo poema que deu o título ao filme de 2009 com Morgan Freeman e Matt Damon.
Declamado por Alan Bates e legendado em Português para uso da Academia Ubuntu.
INVICTUS
William Ernest Henley
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
***

INVICTO
William Ernest Henley
Da noite escura que me cobre,
Como uma cova de lado a lado,
Agradeço a todos os deuses
A minha alma invencível.
Nas garras ardis das circunstâncias,
Não titubeei e sequer chorei.
Sob os golpes do infortúnio
Minha cabeça sangra, ainda erguida.
Além deste vale de ira e lágrimas,
Assoma-se o horror das sombras,
E apesar dos anos ameaçadores,
Encontram-me sempre destemido.
Não importa quão estreita a passagem,
Quantas punições ainda sofrerei,
Sou o senhor do meu destino,
E o condutor da minha alma.
Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta
William Ernest Henley (23/08/1849 – 11/07/1903)
Nelson Mandela (18/07/1918 – 05/12/2013)
Fonte das tradução: A Magia da Poesia “
Fantástico!
(y) 🙂
Impactante suas declarações à outro correligionário presidente: No dia em que você e eu (nós) cumprir (mos) o que diz a Bíblia no evangelho de Mateus (Sermão) do Monte o mundo será diferente!? Foi ele mesmo ou outro, que fez tal declaração; no capítulo 7 de Mateus?