Considerando os tempos modernos, de exigências cada vez maiores, e ao mesmo tempo da dura realidade de escassez de empregos por aqui, identifiquei um artigo muito interessante e absolutamente atual, publicado no site Canaltech, a respeito de estratégias e dinâmicas inovadoras, adotadas pelo Google – e ao que tudo indica já incorporadas também por outras organizações mundo afora – para o processo de recrutamento e seleção de seus colaboradores.
Vejam que os desafios a serem superados pelos candidatos são crescentes. Temos aí verdadeira mudança de paradigmas em processos dessa natureza!
Vale a pena conhecer tais práticas, seja como subsídio para melhoria desses tipos de processos pelas empresas em geral, seja como dicas e alertas para aqueles que se preparam para concorrer a bons cargos no mercado de trabalho. Aliás, atente para o fato de que, apesar de a ênfase da matéria residir sobre uma situação vivenciada no segmento de tecnologia, recursos como esses podem ser aplicáveis a organizações de setores os mais diversos.
A seguir:
“Descubra os segredos do Google para contratar novos funcionários
Por Raphael Andrade
Google, Apple, Microsoft, Amazon, Facebook…todas estas empresas de tecnologia têm uma coisa em comum: são locais de trabalho dos sonhos de muita gente pelo mundo todo. Mas você já se perguntou como essas gigantes da tecnologia fazem para selecionar os melhores candidatos? Não, não tem nada a ver com aquela lista de perguntas feitas em entrevistas no Google que você pode achar na internet. Na verdade, os métodos de escolha de funcionários são bem diversificados, como você pode conferir abaixo:
1- 15 minutos antes, 15 minutos depois, ou nunca
Sabe quando marcam uma entrevista com você num local e hora exata? Para essas grandes empresas de tecnologia não existe isso. Os recrutadores te ligarão antes do horário combinado, ou depois, ou nem entrarão em contato. Qualquer um pode responder uma série de perguntas na hora em que se espera que você responda, mas o que acontece se eles te ligam quando você está dormindo, na aula de Zumba ou no banheiro? Com essa imprevisibilidade, é assim que eles encontram pessoas que estão sempre prontas para o trabalho.
2- Quanto mais confuso, melhor
Outra regra é sempre fazer o agendamento de entrevista o mais confuso e imprevisível possível para encontrar pessoas que não precisam de instruções ou que se sabem se virar. Com todo mundo se batendo, fica mais fácil descobrir quem se dá melhor enquanto os outros não tem ideia do que está acontecendo.
3- Obstáculos são regras
Quer saber como o candidato se sai sob pressão? Os recrutadores se certificam que algo dê errado durante a apresentação, assim as empresas conseguem saber quem consegue se adaptar a circunstâncias não tão favoráveis. Pessoas que sempre têm um plano B, C, D, e etc, são muito úteis nesse ambiente maluco das empresas de tecnologia.
4- Uma confusãozinha não faz mal a ninguém
Durante a entrevista individual, os recrutadores tendem a fazer várias perguntas e afirmações errôneas de propósito. Isso é feito para descobrir qual candidato fica bravo mais facilmente. Se o último emprego do candidato foi no Twitter, e o recrutador disse “Por quanto tempo você ficou no Yahoo?”, é importante observar o tom de voz do candidato quando ele faz a correção. Ele fica tranquilo ou é estúpido?
5- Uma mão lava a outra
É comum durante testes com candidatos que o recrutador procure soluções para problemas que a empresa está enfrentando, seja com um novo produto ou no desenvolvimento de alguma linha. É uma maneira de avaliar o candidato e conseguir ajuda gratuita.
6- Sempre em movimento
As entrevistas também ocorrem em salas diferentes do prédios, com o candidato e recrutador se movendo de local em local constantemente. Isso serve para testar quem ainda permanece animado, mesmo se a pessoa está desconfortável.
7- De novo e de novo
O entrevistador também faz as mesmas perguntas de novo, de novo e de novo. E não é para testar a paciência do candidato, e sim sua consistência nas respostas. No mundo da tecnologia a previsibilidade é uma coisa boa.
8- Policial bom e policial mau
Para descobrir se o candidato consegue ser multitarefa sob pressão, uma tática é entrevistá-lo em par, com um dos entrevistadores fazendo o papel de “policial bom” e outro de “policial mau”. Deste modo, é possível perceber se o entrevistado consegue dirigir sua atenção à ambos simultaneamente e respondê-los de maneira satisfatória, sem perder o jogo de cintura.
9- Foco é tudo
O procedimento aqui é simples: fazer uma pergunta e então começar a digitar bem alto. Fazendo isso o entrevistador consegue ter uma ideia se o candidato tem a capacidade de permanecer focado na pergunta ou se ele se perde com o barulho. Nos dias de hoje, com tantas distrações, encontrar alguém que não deixa detalhes entrarem no caminho do trabalho a ser feito é uma habilidade valiosa.
10- Vaga de recepcionista?
Ao fim da maratona de entrevistas, depois de três meses, o recrutador retorna ao candidato e oferece ao entrevistado um emprego que ele não se candidatou. Isso é uma ótima forma de eliminar pessoas que não queriam o emprego para começo de conversa. O candidato luta pelo emprego que ele queria? Ele aceita a oferta porque ele acha que é o melhor que ele conseguirá? Ou ele rejeita porque ele já está empregado? Essa tática é muito boa para encontrar pessoas determinadas.
Depois de todas essas dicas e informações, você acha que seria capaz de conseguir um emprego na Apple, no Facebook ou no Google? “
Muito bom !!!
Que judiação com os candidatos!
Pingback: Segredos do Google para contratar funcionários | ZÉducando