Pedindo desculpas a meus leitores e seguidores, estou retificando esta publicação, que postei em 12 de outubro de 2015. Induzido a erro pelas publicações que circulavam (e ainda circulam) na Internet, incluindo o vídeo espanhol que cito ao final da postagem, constou que o poema ‘Quantos Anos Tenho?’ era de autoria do escritor português José Saramago. Alertado por um leitor deste blog, acabo de verificar que o texto não é de Saramago, mas de autoria desconhecida, conforme esclarecido pela Fundação José Saramago, de acordo com informação registrada hoje (6 de agosto de 2018) no site ‘CONTI outra’: https://www.contioutra.com/quantos-anos-tenho-belissimo-texto-de-jose-saramago/, que transcrevo a seguir:
“Estimada senhora
Agradeço o seu contacto e informo que o texto que transcreve, e que circula profusamente na net, não é da autoria de José Saramago. Independentemente da qualidade de que o texto se possa revestir, trata-se de uma das inúmeras falsas atribuições que circulam na internet sem que possa haver qualquer controlo sobre elas.
Cordialmente
Rita Pais
Coordenadora literária
FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO”
Dito isto, a publicação, agora retificada, fica assim:
Transcrevo, a seguir, o primoroso poema Quantos Anos Tenho, de autoria desconhecida (incorretamente atribuído ao escritor José Saramago), retratando, com preciso pragmatismo, o real significado da idade de vida!
Temos aí mais um texto demonstrando que a idade cronológica é apenas um referencial, não devendo ser-lhe dada tanto valor, pois o importante mesmo é o estado de ânimo da pessoa, como se sente, sua vontade, seus sonhos, desejos e sua real disposição.
Até porque, como a vida nos ensina, existem jovens que já são velhos e, em número cada vez maior, existem idosos com invejável jovialidade!
“Quantos anos tenho?”
“Quantos anos tenho?
Que importa isso!
Tenho a idade que quero e sinto!
A idade em que posso gritar,
Sem medo aquilo que penso.
Fazer o que desejo, sem medo ao fracasso
Pois tenho a experiência dos anos vividos,
E a força, e a convicção de meus desejos.
Que importa quantos anos tenho!
Não quero pensar nisso!
Pois uns dizem que já sou velho
Enquanto outros “que estou no apogeu”.
Porém não é a idade que tenho,
Nem o que as pessoas dizem,
senão o que meu coração sente, e o meu cérebro me dita…
tenho os anos necessários para gritar, o que penso
fazer o que quero, reconhecer erros velhos
rectificar caminhos e somar êxitos
tenho a idade em que as coisas se olham com mais calma
porem com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos
se começam, a acariciar com os dedos,
e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor,
às vezes é uma louca lavareda,
ansiosa de consumir-se no fogo,
de uma paixão desejada.
E outras vezes…num remanso de paz, como o entardecer na praia
quantos anos eu tenho?
Não necessito marcá-los com um numero,
pois os meus desejos alcançados,
as lagrimas que pelo caminho derramei,
valem muito mais que isso.
Que importa, se tenho, cinquenta, sessenta, ou mais!
O que importa é a idade que sinto!
Tenho os anos que necessito para viver livre,
pois levo comigo,
a experiência adquirida, e a força dos meus desejos
quantos anos eu tenho???
Isso a quem lhe importa?
Tenho os anos suficientes, para perder o medo,
e fazer, o que quero e sinto
que importa quantos anos tenho, ou quantos espero,
se com os anos que tenho…
aprendi a querer o necessário, e a agarrar…apenas o bom da vida!!!”
(autoria desconhecida)
Segue vídeo desse poema, em espanhol, “Que Cuánto Años Tengo”, declamado magistralmente por Miguel Angel Andrin, disponível no YouTube (duração de apenas 3:27):
Excelente post, Saramago era gênio. Uma grande perda para a humanidade !
Verdade. E vejo frequentes referências no seu blog (ZÉducando) a esse ícone da literatura.
Obrigado pelo registro!
Ah! Saramago era um gênio! Sabia tudo que dizia e com muita propriedade. Esse vídeo me emocionou muito! Concordo com todos os versos.
Obrigado pelo seu depoimento. Eu também fiquei bastante impactado com o poema e a declamação!
Abs.
Quantos anos tenho? lindo de mais, realmente quantos anos tenho é o que sinto pelo meu corpo e minha mente e minha vontade, ” quantos anos tenho”.
Obrigado, Júlio, pela presença aqui e pelo comentário!
Quantos anos eu nao tenho .Viver a cada dia apresenta não representa a vida .Ah vida incompletude perfeita ,seria demasiado ser perfeita .Obrigado ,Gracias .Belo
Essa poesia não é do José Saramago. Já está provado.
Obrigado, Ronaldo. Encontrei agora publicação recente esclarecendo que a autoria não é de Saramago. Vou fazer a correção no blog.
Abraço.