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Publico texto interessante, para fazer refletir sobre a vida que levamos ou que queremos levar, que chama a atenção para a saúde do corpo e da cuca, que instiga para a tomada de decisão em relação ao que é essencial, entre outras “provocações” trazidas pela autora. A meu ver, atentar para questões como essas contribui efetivamente para o crescimento individual, para os relacionamentos e para a satisfação com a vida. E isso me fez lembrar a síntese desse comportamento de conformismo, de passividade com o que não é positivo, tão comum ao nosso povo, que era definida por Betânia Tanure, professora, escritora e consultora brasileira, como a “síndrome do subdesempenho satisfatório”!
O texto, que a seguir transcrevo, foi publicado no blog Vida-Estilo, do Estadão, semana passada:
“Detox na vida
RUTH MANUS
18 Fevereiro 2015 | 11:32
Porque a saúde não mora só no corpo.
Passou o natal, passou o ano novo, passou o carnaval. The game is over e a vida real pede passagem. É nessa hora que a febre detox-vida-nova-entrar-nos-eixos vem com força ainda maior- se é que isso é possível.
Detox vem da ideia de desintoxicar, tirar do corpo tudo o que não lhe faz bem. Louvável, sem dúvida nenhuma. Mas o problema começa quando as pessoas resolvem achar que duas garrafas de suco verde são a milagrosa solução para melhorar suas vidas.
2015 tá aqui na nossa frente e de nada vai adiantar desintoxicar o corpo, se a vida e a alma estão povoadas de hábitos, pessoas, dias e caminhos tóxicos. Parasitas, comodismos, vícios, medos.
Gente tóxica é o que mais tem. Gente cinza, amarga, invejosa, gente que gosta de problema, que gosta de doença, que gosta de discórdia, gente que vive de aparência, gente rasa. E não tem jeito, temos que fugir mesmo, cortar, evitar ao máximo. Bom dia, boa tarde e até logo. Não nos deixemos contaminar.
Não adianta comer chia toda manhã se a gente odeia o emprego e já sai de casa com vontade de voltar. Não dá para achar que o corpo vai estar puro se você não acredita no que faz e passa mais de 40 horas da semana ruminando tarefas infelizes.
Não adianta beber 3 litros de água por dia quando se está num relacionamento que afundou. É cômodo, todos sabemos. Mas a vida é uma só e não dá para ver os dias, meses e anos passarem com migalhas de amor e sem vestígios de paixão.
Não adianta colocar linhaça nas receitas quando só se reclama da vida, dos outros, do país, do calor, da chuva, do trânsito. É um círculo vicioso, quanto mais a gente fala das coisas ruins, menos atenção a gente dá às coisas boas e a vida vai ficando ruim, ruim, ruim.
É ilusão achar que a mudança vem de fora para dentro. Que a felicidade e a saúde cabem em embalagens plásticas com códigos de barra. Produtos podem ser ótimos coadjuvantes nessa busca, mas a verdadeira mudança é só o protagonista quem faz.
E eu quero um 2015 detox.
Detox de dias iguais.
Detox de gente ruim.
Detox de maus hábitos.
Detox de inveja.
Detox de relações doentes.
Detox de obsessões.
Detox de pessimistas.
Detox de medo de mudar.
Detox de dias desperdiçados.
Detox de sentimentos pobres.
Detox de superficialidade.
Detox de vícios.
Detox de viver por viver.
E pra fazer detox na vida é preciso coragem. Coragem para mudar, para arriscar, para romper, para fechar ciclos que há muito tempo deveriam ter terminado. O ano oficialmente começou e a pergunta é: vai ter só suco verde ou vai ter detox na vida? “
A verdade é que muitas vezes até pensamos em mudar tudo que nos incomoda e nos deixa infelizes, mas estamos sempre com medo do novo. O medo do desconhecido, do arrependimento, caso não dê certo… Aí de fato, o Detox não vai resolver nada.
Bela postagem!
Obrigado, Lúcia, por mais uma participação!
Adorei! Gosto muito desses textos tipo “puxões de orelha”, em que acredito, concordo, mas não sei escrever para levar as pessoas a refletirem. Tem razão você e a autora. Não conseguimos nos livrar facilmente de muitos hábitos e pessoas que nos incomodam porque suas presenças estão ramificadas. É como fazer poda radical em uma aroeira. O toco fica lá e rebrota. Enquanto não tivermos coragem para pegar a alavanca e o machado, gastar muita energia, trabalhar bem e bastante para retirá-lo por inteiro, ele vai crescer e se fortalecer contra a nossa vontade.
Excelente, Sandra. O seu exemplo da Aroeira ilustra perfeitamente o sentido trazido no texto. Obrigado!
Linda mensagem, entretanto, temos de qualquer atitude, temos que realizar um detox interno…
Obrigado, Paulo, pelo feedback!